Enviada em: 31/07/2019

No século XVIII, na Inglaterra, ocorreu a Revolução Industrial. Um momento de grande desenvolvimento industrial que teve como consequência a urbanização. Entretanto, apesar desse avanço, os trabalhadores enfrentavam problemas visto que a condição de viver em aglomerados - em decorrência do inchaço populacional - era miserável. Hodiernamente, nas cidades do Brasil, nota-se que muitas pessoas também sofrem com esse crescimento urbano. Nesse cenário, resta uma reflexão a fim de compreender e buscar amenizar essa situação.    A priori, um fator envolvido nessa problemática é gentrificação. Desse modo, devido ao desenvolvimento das cidades, como a criação de prédios e redes comerciais, a população menos abastada é prejudicada, uma vez que, com esse avanço, o custo para viver nesses locais é elevado. Por conseguinte, essas pessoas vão, muitas vezes, para as áreas periféricas da cidade, onde predomina a insegurança e a falta de recursos, como saneamento básico e unidade de saúde. Posto isso, é visível que a vida urbana do século XXI traz desvantagens para certo segmento social.      Ademais, a falta de momentos de lazer e boa convivência é uma condição a ser discutida. De acordo com artigo sexto da Constituição Cidadã, é dever do Estado garantir os direitos sociais do cidadão, como o lazer. Entretanto, observa-se que esse direito não é cumprido, de fato, nas cidades do Brasil. Além de saúde e educação, as cidades tupiniquins necessitam de atividades culturais e áreas verdes, por exemplo, para que a população tenha qualidade de vida. Desse modo, é indispensável que atitudes sejam tomadas a fim de beneficiar os cidadãos.     Infere-se, mediante o exposto, que as cidades do país enfrentam diversos percalços, como o aumento do custo de vida e a falta de entretenimento para o povo. Portanto, cabe ao Poder Público em parceria com arquitetos e urbanistas realizarem um melhor planejamento dos municípios e investimentos nas questões públicas como o saneamento, segurança e saúde a fim de melhor a qualidade de vida de todos os cidadãos. Posteriormente, as prefeituras municipais em consonância com as secretarias da cultura, promoverão eventos abertos à população, como cinema, teatro, ciclismo, áreas para piquiniques, entre outros. Destarte, haverá uma democratização dos espaços públicos e então as cidades poderão ser consideradas para todos, de fato.