Enviada em: 12/05/2017

Atualmente, o processo de organização urbana precisa lidar com uma importante questão: a gentrificação. Não é incomum encontrar crescimento urbano desacelerado nas últimas décadas. A alta taxa de natalidade e migração tem aumentado o contingente populacional das cidades, sobrecarregando-a. Nesse sentido, faz-se necessário abordar fatores de exclusão e a concentração urbana, para que seja possível chegar a uma solução satisfatória.  Primeiramente, a gentrificação faz com que grupos de maior renda segreguem tornando os imóveis mais caros e, assim, seleciona indivíduos capazes de se manter a essa nova realidade. Aqueles que possuem menor renda são excluídos não só socialmente mas da cidade também. Durante a formação da cidade do Rio de Janeiro, por exmplo, a classe social de menor renda foi afastada do Centro para a Zona Norte durante a estadia da família real no Brasil. Com as transformações da cidade pessoas do Nordeste, Minas Gerais, São Paulo e outros, migraram para a cidade e foram excluídos juntando-se aos de baixa renda.  Além disso, esse processo pode ser visto hoje com o aumento populacional das cidades, a migração constante do campo para a cidade, em busca de emprego, e a bolha imobiliária. Nota-se que a população mundial em 1987 era de cinco bilhôes, já em 1999 chegou a seis bilhôes em 2011 tornou-se sete bilhões, assim, a população, em geral, cresce mais rápido que as cidades que não conseguem acomodar todos. Constitui-se a partir desse, as favelas e moradores de rua, que desabrigados procuram um meio de moradia. Enquanto países desenvolvidos veêm a população envelhescer e decrescer, os países subdesenvolvidos aumentam sua população rapidamente  e como não tem estrutura para suportar, sua população migra saturando as principais cidades do mundo e aumentando a xenofobia. Pois citando Isaac Newton,"construimos muros demais e pontes de menos".  Portanto, o governo precisa fazer planos de inclusão urbana como o "minha casa, minha vida", porém de maior adesão populacional, a partir do aumento de investimentos e melhoramento na logística. A moradia é um direito constitucional, logo é um dever do governo prover. A mídia em conjunto com as famílias e as escolas deve fazer palestras educacionais afim de construir um controle de natalidade a longo prazo.