Muito se tem discutido sobre os impactos provenientes das alterações do espaço urbano brasileiro. Há aqueles, que acreditam que essas mudanças são positivas, pois são tendências características das grandes cidades, e outros que consideram esse processo negativo, dado que, essas alterações tem como traço intrínseco a exclusão social. Em uma análise mais aprofundada da situação, é possível observar que a dinâmica urbana apresenta um caráter segregacionista, dessa maneira, afasta moradores que não conseguem se adaptar à nova realidade imposta pela gentrificação. Adiante, é sabido que processos como a especulação imobiliária contribuem para a gentrificação, visto que essa política de mercado trata a terra como uma mercadoria que pode ser comprada em momentos de desvalorização e vendidas quando o mercado está em alta, causando assim a valorização da região onde ele está localizado. Dessa forma, essa política leva a formação de bairros socialmente diferenciados intensificando a segregação socioespacial. Ademais, vale destacar que outros fenômenos como a verticalização das cidades e o aumento das zonas comerciais, contribuem significativamente para a gentrificação. Dado que, em decorrência dessas alterações observa-se o aumento do preço de produtos e serviços, fatores que tornam a vida de pessoas com renda insuficiente, insustentável na região. Dessa forma, eles são excluídos para locais onde possam arcar com o custo de vida. Torna-se evidente portanto, que as alterações do espaço urbano brasileiro contribuem significativamente para exclusão urbana de grupos menos favorecidos . Dessa forma, cabe ao estado adotar políticas de subsídio à moradia com o objetivo de permitir a continuidade dos moradores nos centros urbanos, concerne à coordenadoria geral do planejamento urbano intensificar a análise de projetos imobiliários, a fim de reduzir os impactos sociais de tais obras. Além disso, o poder judiciário deve criar leis que limitem a especulação imobiliária, reduzindo assim, seus impactos sociais.