Enviada em: 04/09/2017

Com a eclosão da Revolução Industrial as cidades passaram por uma urbanização acelerada, que foi acompanhada de uma intensificação do Êxodo Rural, visto que as pessoas buscavam por uma realidade diferente, onde teriam melhores condições de vida e trabalho. Contudo, o aumento exagerado do número de moradores nas cidades acabou provocando consequências catastróficas que são evidenciadas até os dias de hoje.       Nesse cenário, é válido observar que as pessoas, tanto os próprios brasileiros como os imigrantes, migram para os grandes centros do país na busca de uma realidade ilusória que, na maioria das vezes, não é alcançada. Assim, a superlotação das cidades contribuiu para a favelização, o surgimento de diversas moradias nas periferias ou em áreas de risco e o aumento do número de moradores de rua, além de intensificar o desemprego e repercutir as desigualdades sociais.        Outro fator existente é que devido à Gentrificação, a especulação imobiliária aumentou e muitas pessoas, que já estavam nas cidades, tiveram suas casas desapropriadas por não conseguirem mantê-las, dando lugar à construção de inúmeros edifícios, fábricas de grande porte e rodovias que originaram sérios problemas ambientais dentro das cidades, como ilhas de calor, intensificação do efeito estufa e aumento do número de doenças na população.       Ainda convém lembrar que as cidades cresceram exageradamente, com isso a violência, devido às desigualdades, aumentou. Portanto, pessoas que possuem melhores condições de vida buscam por alternativas de tranquilidade e segurança, se alojando em condomínios fechados ou em cidades vizinhas menores, o que culminou no surgimento das cidades dormitórios. Em contrapartida, muitas pessoas não podem se manter nos grandes centros, por não terem condições, e realizam a migração pendular diária para trabalharem. Ademais, vale ressaltar que o escritor brasileiro João do Rio em sua obra "A alma encantadora das ruas" descreve, em um dos capítulos, populações e profissões marginalizadas que os próprios brasileiros não conheciam ou reconheciam, evidenciando as desigualdades, preconceitos existentes na sociedade e, também, os estereótipos criados.       Sendo assim, as Escolas podem difundir os riscos da superlotação das cidades para a saúde dos seres humanos, na tentativa de evitar que tal cenário continue se repercutindo futuramente. Isso pode ser feito através de palestras e projetos pedagógicos. Em adição, o Governo Federal pode criar mais programas populares, como o "minha casa minha vida" e o "bolsa família", através de investimentos, na tentativa de reduzir a ampla desigualdade social vigente. Por último, a Polícia Militar deve garantir a redução da violência, por meio da maior vigilância e fiscalização.