Enviada em: 20/09/2017

Em decorrência da natureza política humana,como proposto por Aristóteles,as cidades surgem e persistem espontaneamente desde a Antiguidade,solidificando-se em 2 principais momentos: na primeira Revolução Industrial e na Revolução Informacional. Especialmente após tal solidificação e ocorrências marcantes,entretanto,acompanhado do desenvolvimento urbano vieram problemas sociais como a favelização,a gentrificação e o déficit habitacional, presentes no Brasil, que,juntos,aumentam a desigualdade social e o preconceito,criando a ideia de cidade como algo não pertencente a afetados por tais fatores. Assim, percebe-se que o direito à cidade,apesar de universal, acaba não sendo atribuído aos segregados.        A primeira Revolução Industrial foi marcada pelo desenvolvimento capitalista e tecnológico inglês, porém,trouxe diversas problemáticas,como o processo de favelização,ao atrair um enorme contingente de pessoas sem suficiente infraestrutura que se instalaram improvisadamente às margens das fábricas. Esse mesmo processo ocorreu em países subdesenvolvidos,como o Brasil,porém,de forma ainda mais rápida e improvisada,além do impulso negativo da abolição despreparada da escravidão,nesse caso. Tais acontecimentos não supervisionados pelo Estado constituem eminentes problemáticas atuais que dificultam a universalidade da cidade. Assim,observa-se a necessidade de medidas governamentais no tratamento da macrocefalia urbana (crescimento urbano descontrolado).      Já a Revolução Informacional teve como característica a informatização e a consequente globalização,que gerou elementos como a mercantilização das coisas e a necessidade de mão de obra qualificada. Tais aspectos também trouxeram outras muitas problemáticas,como a gentrificação,a qual se constitui da valorização de uma região,que tem o custo local encarecido e por isso acaba por expulsar moradores de baixa rende,aumentando o déficit habitacional e,possivelmente,uma refavelização. Dessa forma,nota-se a importância de ações governamentais no auxílio dos afetados.       Em suma,pode-se afirmar que problemáticas causadas pelo desenvolvimento não supervisionado da economia tornam o direito à cidade, um privilégio,sendo marginalizados os que não possuem esse luxo. Para resolver tais impasses, urge a facilitação da obtenção de imóveis pela classe carente, por intermédio de projetos sociais, para que sejam amenizados os efeitos da gentrificação e resolvidos os problemas do déficit habitacional. Ademais, faz-se necessário o auxílio governamental que, por meio de investimentos na educação organizados pelo MEC, qualifiquem a população carente afim de que sejam beneficiados também pelo advento da globalização. Dessa forma, será possível fazer valer a universalidade da vida urbana, proporcionando condições dignas e livres de preconceitos a todos.