Enviada em: 24/07/2018

No Brasil contemporâneo, a violência de gênero, principalmente contra mulheres e homossexuais, é um caso alarmante, e as Universidades não escapam dessa triste realidade. Isso se deve, sobretudo, à permanência da ideologia de um sociedade patriarcal, fruto de uma época colonial, que subjugava mulheres e excluía minorias da vida social. Logo, há a necessidade de que a família e o Estado estejam cada vez mais  presentes no enfrentamento desse problema.      Brás Cubas, personagem de Machado de Assis, em determinado momento de sua história, agride sua escrava com uma colher de madeira por esta não ter lhe dado o doce que estava preparando. E como se não bastasse foi até sua mãe e denunciou a escrava por desobediência. Essa é a perfeita analogia entre o conto e a realidade brasileira, na qual mulheres e homossexuais, muitas vezes, são vítimas de agressões físicas e verbais e ainda taxados pela própria sociedade como causadores do próprio flagelo.      Casos como o da estudante da UFES que sofreu uma tentativa de estupro dentro do campus por parte de um funcionário, mais precisamente e paradoxalmente por um segurança, demonstram a fragilidade com que o assunto é tratado no âmbito acadêmico. A aceitabilidade por parte da sociedade como um todo faz com que se minimize os efeitos negativos que esse tipo de prática traz à opinião pública.      Portanto, o Ministério da Educação e Cultura deve criar departamentos dentro das universidades para o acompanhamento psicológico de seus estudantes, visando, além do aperfeiçoamento técnico-profissional dos graduandos da área, voluntários para o trabalho, a detecção de distúrbios mentais nos pacientes. Enquanto no âmbito familiar, os pais, responsáveis por introduzir os filhos na sociedade, devem ensiná-los sempre o respeito e os bons hábitos, para que, educados no seio familiar, não se tornem adultos em desacordo com a lei.