Enviada em: 24/07/2018

O artigo 5º da Constituição Cidadã de 1988 garante o direito à igualdade aos brasileiros e estrangeiros residentes no país. No entanto, quando se observa a violência de gênero nas universidades, verifica-se que tal benefício é garantido na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste, seja pelas políticas adotadas pelas universidades, seja pelo conjunto de características do alunado. Nesse sentido, convém analisar possíveis soluções para tal problema.        É indubitável que a política adotada pelas universidades é uma das causas do problema. Segundo Aristóteles, notável filósofo grego, a política deve ser uma ferramenta que anule injustiças e proporcione felicidade aos indivíduos. Indo contra as ideias do filósofo grego, as políticas universitárias têm provocado injustiças, umas vez que, as festas permitidas nos campus são locais onde os alunos estão expostos ao álcool e outras drogas e, por consequência, a violência, sobretudo, de gênero.          Outro impulsionador do problema é o conjunto de características do alunado. É sabido que a maior parte dos universitários é composta por jovens e, tal fato, aliado à cultura machista presente no Brasil torna o ambiente universitário propenso à violência de gênero. Uma pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) aponta que a taxa hormonal, elevada em jovens, unida a cultura influencia, diretamente, esse tipo de comportamento.        Fica evidente, portanto, que a sociedade é um entrave para a resolução da problemática. Destarte o Ministério da Educação (MEC) deve banir, permanentemente, as festas nos campus universitários e, também, deve aumentar e melhorar a fiscalização para extinguir a entrada de drogas a fim de evitar a fragilidade dos alunos. Além disso, o MEC deve implantar palestras, oficinas e peças de teatro que discutam o combate ao machismo. Dessa forma a violência de gênero deixará de ser uma realidade no país.