Enviada em: 25/07/2018

As violências nas universidades começam nos trotes, e estes, começam na Idade Média, quando os calouros eram colocados nos vestíbulos (origem da palavra “vestibular”) que antecediam a sala de aula. Eles tinham os cabelos raspados por medida profilática, pois havia a propagação de doenças, sobretudo da peste. Portanto, não era uma violência, mas uma prevenção. Todavia, em diversas faculdades, como, a Universidade de São Paulo (USP), estudantes transformam o trote e o ambiente universitário, que era exclusivamente para os alunos se sentirem acolhidos, em atitudes perversas.        De acordo com o jornal do Campus da USP, ainda existem diversos tipos de violência, por exemplo, contra a mulher, no curso de Medicina foram registrados cento e doze casos de estupros e apenas um punido. Ademais, 36% de alunas da USP sentem medo de frequentar atividades fora da sala de aula, consequentemente, a graduação dessas alunas acaba sendo defasada ou até deixam de cursar alguns cursos, como, de tecnologia, física entre outros.        Além do trote, outra dificuldade descrita pelas vítimas é a atitude das autoridades acadêmicas que, segundo elas, não as apoia. Apesar de existirem queixas formais, muitas mulheres relatam que não receberam nenhum tipo de ajuda dos coordenadores do curso e dos reitores. O caso do calouro de medicina da USP morto em um trote em 1999, afogado em uma piscina, confirma a impunidade, já que seus agressores ficaram presos por um tempo, mas já sairiam, se formaram e exercem a medicina.       Portanto, são necessárias mudanças nas universidades e na formação dos alunos, através de equipes de ajuda direcionadas para cada grupo, mulheres, negros etc, para que as denuncias aconteçam,  presencialmente como virtualmente, psicólogos  para dar assistência as vítimas. Além disso, parcerias com ONG's (Organização Não Governamental) que promovam palestras nas escolas sobre o respeito à todos os grupos. Ademais, punições para os agressores, como, expulsão da faculdade.