Enviada em: 13/08/2018

É incontrovertível que um ambiente universitário é um local de interação, educação e debate, isto é, ele prepara os estudantes para a sua formação profissional e social. Entretanto, hodiernamente, o que se destaca nas universidades brasileiras é a violência de gênero – manifestada por atitudes ofensivas e ideário de superioridade.       Os procedimentos ultrajantes feitos por veteranos aos alunos novos reforçam a situação de violência de gênero nos ensinos superiores. De acordo com o sociólogo Antonio Ribeiro de Almeida, os trotes agressivos e crimes contra os direitos humanos ocorridos em festas universitárias são reflexos de uma cultura de violência que permeias as universidades há décadas. Logo, para estar no grupo, muitas vezes, os estudantes são submetidos a executar esses comportamentos, todavia, esse contexto de humilhação é agravado quando as vítimas são mulheres.       Devido ao machismo e relação de poder dos homens ao sexo feminino, muitas estudantes mulheres são alvos de assédio sexual, psicológico, moral e físico nas universidades. Segundo a pesquisa Avon e Data Popular, 42%, das 1091 mulheres entrevistadas, já sentiram medo de sofrer violência no ambiente universitário e, dos 732 homens, cerca de 40% não consideram violência abusar da garota se ela estiver alcoolizada ou coagir uma mulher a participar de atividades degradantes. Dessa forma, é evidente que o sexo masculino tem uma visão totalmente errado de como agir em relação às mulheres.       Conclui-se, portanto, que as posturas supracitadas violam significativamente em diversos fatores as mulheres e são necessárias medidas para mudar esse cenário. Primeiramente, é mister que o Ministério da Educação e as universidade, por meio de palestras, cartazes e debates estudantis no local de ensino, disseminem a igualdade de gênero e as consequências da violência contra a mulher, para que os homens possam aprender a respeitar o sexo oposto. Ademais, o Governo junto com os conselhos dos ensinos superiores aplique punições severas, como expulsão do aluno da universidade ou multas, aos indivíduos que acometerem,atitudes que violam os direitos humanos e regras do ensino, para que casos parecidos não sejam feitos de novo. Dessa maneira, as posturas que são contraproducentes ao papel fundamental das universidades brasileiras serão gradativamente eliminadas.