Enviada em: 30/10/2018

Mulheres são inferiores aos homens, devem ficar em casa cuidando dos filhos. Esse discurso, apesar de parecer ultrapassado e distante da realidade, é vivenciado por inúmeras delas, as quais, em pleno século XXI, ainda enfrentam dificuldades ao tentarem se inserir na sociedade. Infelizmente, a violência por causa do gênero ainda persiste, nas ruas e universidades brasileiras, fazendo-se necessário enfrentar esse problema.    Sabe-se, que diversas foram as conquistas alcançadas pelas mulheres, dentre elas o direito de voto e a inserção no mercado de trabalho e no mundo acadêmico. Apesar disso, é perceptível as dificuldades que elas enfrentam ao ingressarem nas universidades. Violências, sexual ou psicológica, são relatadas na secretaria de muitas instituições de ensino superior, porém várias delas são ignoradas para que a instituição não seja rotulada como passiva perante essas questões. Segundo dados da revista Veja, inúmeras meninas são desencorajadas a denunciar os agressores, fazendo com que o problema continue ou até mesmo se torne mais grave.    Somado a isso, a sociedade machista em que ainda vive-se atualmente persiste em titular as mulheres como "donas de casa", desconstruindo a ideia de igualdade e criando um falso pensamento de superioridade do gênero masculino. Esse pensamento, muitas vezes, é ensinado ao menino quando ainda criança, o que faz com que esse o leve como verdade. Por causa disso, diversos universitários não compreendem o real papel da mulher na sociedade e acreditam que elas devem submeter-se as vontades deles e que os mesmos podem agredi-las caso isso não ocorra.     Em função desses e outros impasses, algumas medidas necessitam ser tomadas. O Ministério da Educação, com as escolas, deve organizar palestras, para pais e alunos, com psicólogos que trabalhem a importância da igualdade de gênero no mundo atual, com o intuito de mudar o pensamento dos homens e formar um pensamento igualitário nas crianças, pois já dizia Kant "o ser humano é aquilo que a educação faz dele".