Enviada em: 29/08/2018

Na conjuntura contemporânea, é notório que a violência de gênero nas universidades brasileiras vem crescendo progressivamente, além disso, as mesmas não tem dado o devido apoio às vítimas, e por muitas vezes até as desencorajam, silenciando-as e fazendo com que sejam tratadas como normais atitudes como trotes humilhantes e machistas, e violência sexual.       É relevante abordar, primeiramente, a pesquisa "Violência Contra a Mulher no Ambiente Universitário", realizada pelo Instituto Avon, que comprova que o ambiente universitário, onde deveria existir apenas a interação e a educação, também é espaço de medo para a mulher, ao passo que 42% das entrevistadas relataram já terem sentido medo de sofrer violência no ambiente universitário, e 36% que já deixaram de fazer alguma atividade na universidade por medo de sofrer violência.       Em detrimento dessa questão, foram registrados 10 caso de estupro e relatos de tortura, homofobia e racismo na Faculdade de Medicina de São Paulo (FMUSP), além da veiculação por parte das atléticas de Medicina e Direito das universidades de Araraquara e Brasília, de hinos machistas com palavras de baixo calão, e ofensas sexuais às calouras, tornando dessa forma contraditório pensar que faculdades tão renomadas no país e que formarão os futuros profissionais da saúde e da justiça possam deixar impunes atos tão injustos como os mencionados.       Evidencia-se, portanto, que as universidades brasileiras precisam atentar-se à integridade de seus estudantes, assim sendo, é imprescindível que implantem políticas públicas como núcleos de atendimento humanizado às mulheres, oferecendo às estudantes apoio jurídico e psicológico, além de fomentar campanhas de conscientização e fazer a constante manutenção da iluminação do campus, tornando-o, assim, um local de interação, educação e segurança.