Enviada em: 01/10/2018

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um "corpo biológico", por ser assim como esse, composta por partes que interagem entre sim. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil isso não ocorre, pois ainda é constante a violência motivada pela diferença de gênero nas universidades. Portanto, a fim de enfrentar esse problema, uma análise acerca de suas causas, que estão relacionadas à insuficiência de medidas políticas e à lenta mudança da mentalidade social, faz-se necessária.      Mormente, vele ressaltar o fator legislativo como um dos propulsores do embargo. Para Platão, o cumprimento da justiça entre os indivíduos é fundamental para se alcançar a homeostasia social. Não obstante, embora o artigo 5° da Constituição preveja que homens e mulheres são detentores de iguais direitos e deveres, cerca de 85% das mulheres, nas universidades, já sofreram algum tipo de violência motivada pela diferença de sexo, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; o que destoa da concepção do filósofo e atesta a inépcia do Estado como promotor do bem-estar social.      Aliado a isso, Max Weber em sua teoria geral da ação, afirma que a conduta dos indivíduos, também, é fortemente influenciada pela tradição, ou seja, fatores culturais, sociais e históricos, de modo irracional. Nesse ínterim, é indubitável que ao longo do processo histórico a mulher sempre foi considerada como inferior ao homem, sendo que no Brasil, conquistou o sufrágio apenas em 1934. Analogamente, consoante o pensamento do jurista alemão, muitos estudantes e professores se valem de tais aspectos para justificar e externar atos nefandos contra as mulheres no ambiente acadêmico.      Destarte, medidas são necessárias para resolver o impasse. Assim, é importante que o Ministério da Educação, mediante o auxílio da Receita Orçamentária, insira na grade curricular universitária matérias e palestras ministradas por sociólogos, que abordem a importância de se respeitar as diferenças de gênero, de modo a reduzir o preconceito motivado por tal fato e promover o bom convívio entre os alunos. Ademais, os meios de comunicação, socialmente engajados, também devem elaborar e difundir campanhas referente à esse tema em rádios e TV,s, com o fito de mitigar influências históricas nocivas ao sexo feminino e inclinar o pensamento social em direção ao respeito mútuo entre os cidadãos.