Enviada em: 14/09/2019

No contexto social brasileiro, primordialmente nas últimas décadas, é possível perceber um aumento significativo de violência de gênero no âmbito educacional, especialmente nas universidades. Contando, ainda, com a negligência e falta de apoio de superiores nessas instituições, os casos que envolvem agressões, abusos sexuais e até estupros têm se tornado mais frequentes em um país em que a mulher ainda é vista como um objeto de prazer. Essa circunstância absolutamente prejudicial, comprova a urgência de um esforço conjunto mais arrojado do Poder Público, a fim de reduzir os índices de violência contra a mulher e, quem sabe, combatê-la.    Segundo a perspectiva de Jean Paul-Sartre: "A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.". Seguindo a mesma linha de pensamento do filósofo, é perceptível a dificuldade de se fazer entender seu ideal, visto que há, frequentemente, um elevado crescimento de atos ilegais e violentos que envolvam o "sexo frágil" em ambientes educacionais. Sendo assim, a falta de conhecimento acerca do problema tem levado jovens, especialmente homens, a práticas que incitem o desrespeito pelo sexo oposto, favorecendo para que estas, assim como muitas outras, sejam alvos para o descontrole masculino.     De fato, a mulher tem desempenhado um papel de luta desde os primórdios, levando em consideração que o patriarcalismo, ainda muito presente na atualidade, reforçava a ideia de inferioridade do gênero feminino, sendo a mulher, nos séculos passados, vista apenas como o caminho mais fácil para o ato sexual. A realidade, não muito distante da vivida no século XXI, tem seu reflexo em instituições que, no lugar de representar segurança às vítimas, representa ameaça e medo. Nesse viés, poucas são as medidas tomadas pelos representantes desses ensinos, contribuindo para a persistência da problemática.    Portanto, para que seja possível compreender o pensamento de Jean Paul-Sartre, é necessário que universidades, em parceria com órgãos governamentais, possam disponibilizar palestras e documentários acerca da importância do respeito ao sexo feminino, auxiliando na redução de agressões e colocando em prática o ideal filosófico já mencionado. É necessário que famílias possam intervir desde cedo e ensinem sobre os danos que podem ser causados e deixados na vida dessas pessoas. Quem sabe, assim, o fim da violência em âmbitos educacionais deixe de ser uma utopia no Brasil.