Enviada em: 18/03/2017

A violência infantil é um problema recorrente que independe de raça, credo ou classe social e vai além de castigos físicos, manifestando-se também através de opressão psicológica. O impacto de tais acontecimentos desperta a atenção da sociedade, tendo em vista que tais atos acontecem com frequência cada vez maior.    De acordo com dados da Secretaria de Direitos Humanos, 53% dos casos de violência infantil ocorrem dentro da residência da vítima ou do agressor; pais e mães são os principais acusados.       Devido a este impasse, foi aprovada no Brasil, em junho de 2014 a Lei da Palmada, assim denominada informalmente. Também conhecida como Lei Menino Bernardo, nome que faz alusão ao caso de Bernardo Boldrini, 11 anos, vítima de descaso e negligência por conta do pai e assassinado pela madrasta com uma injeção letal em abril de 2014, a referida lei determina punições desde advertência até a perda da guarda quando confirmados os atos de violência.         Contudo, assim como Bernardo, crianças e adolescentes continuam sendo vítimas de maus tratos diariamente, uma vez que muitas destas agressões, inclusive a sexual, não são reportadas às autoridades.       Portanto, sendo o aumento do índice de mortalidade infanto-juvenil um problema diretamente ligado à saúde pública, o Ministério da Saúde deve instaurar centros de apoio psicológico, coligados a postos de saúde, porém direcionados somente às famílias de crianças e adolescentes consideradas propensas à violência de acordo com pesquisa da área. Palestras devem ser constantemente ministradas por profissionais qualificados, como psicólogos e enfermeiros, preferencialmente em ambientes públicos onde haja grande concentração de pessoas. Investimentos em publicidade contra a violência infantil seriam também um grande trunfo para conscientizar a sociedade de que, assim como mencionado por Jean-Paul Sartre, "a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota".