Enviada em: 16/03/2017

Seu Madruga, da série televisiva "Chaves", agride frequentemente o protagonista homônimo do programa quando este frustra seu planos. Fora das telas, no entanto, a violência infantil é ainda mais cotidiana e naturalizada, tornando necessária a união de esforços de todos os cidadãos para garantir os direitos da criança e do adolescente.     O problema dos abusos contra menores é alarmante e complexo, principalmente pelo fato dos casos ocorrerem predominantemente nos lares, que deveriam ser para esses a base da preservação da integridade e dignidade. Entretanto, a banalização da agressão se denota na inércia da sociedade ante o que deveria ser inadmissível.      Não é incomum que notícias de crimes hediondos contra crianças gerem grande audiência, como a história de Alex, assassinado pelo pai no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2017. Porém, os aspectos investigativos e o índice da crueldade têm predominância na mídia e pouco, ou nada, é falado a respeito dos direitos dessas e de como combater esses atos tão condenáveis.         Diante do entrave, vale lembrar que os jovens de hoje são o reflexo do mundo de amanhã e que o maior objetivo de uma nação deve ser o cuidado com as novas gerações nos aspectos físicos, emocionais, sociais,  econômicos e educacionais.         É, portanto, imprescindível que o Governo Federal, juntamente com o Conselho Tutelar, Ministério Público e os Estados e Municípios, convoquem a sociedade como um todo, através de campanhas nos meios de comunicação de massa, a agir ativamente para que os direitos da criança e do adolescente prevaleçam. Essa programação deve conter instruções sobre o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e palestras semanais que abordem os amplos aspectos relacionados. Ademais, postos de auxílio, devem ser criados em todas as escolas para tirar dúvidas das famílias em relação às leis que protegem os jovens, bem como, para informar como denunciar casos de abuso.