Enviada em: 19/03/2017

Em uma sociedade que se preze justa, tem-se direitos básicos como saúde, educação e segurança garantidos pelo Estado. Entretanto quando referente aos direitos das crianças e adolescentes a fiscalização torna-se mais complexa. A violência contra crianças e adolescentes se manifesta em todos os lugares. Para dar uma resposta positiva ao problema, há que se considerar uma faceta cruel dessas agressões: a invisibilidade. Muitos dos casos de violência, seja ela física, sexual ou psicológica, não são notificados e, muito menos, investigados. As vitimas têm cor, classe social e gênero. São em sua maioria negros, pobres, que vivem nas periferias e áreas metropolitanas das grandes cidades.      Mais de 50% das agressões sofridas por jovens brasileiros vem de dentro de suas próprias casas o que torna difícil a visibilidade dos casos. Os responsáveis que deveriam proteger as crianças, aprenderam com seus país que a melhor maneira de educar seus filhos é através de violência, seguindo a filosofia Maquiavel: é mais fácil ser temido que amado. Os pais então, seja por falta de tempo ou por um fator cultural, tendem a optar pelo caminho da violência. Este, pois ocupa menos tempo e é o caminho mais “prático”, dando início a um ciclo vicioso.      A falta de fiscalização e policiamento nas áreas periféricas às grandes cidades, onde se encontra uma grande parte da população negra, onde a ausência do Estado deixa esses cidadãos mais vulneráveis. O número que assassinatos entre jovens negros é quatro vezes maior que entre os brancos. O Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo no que diz respeito à proteção da infância e da adolescência, entretanto, é dever dos governantes garantir que as leis atinjam todos os indivíduos.     É necessário adotar políticas públicas capazes de combater e superar as desigualdades geográficas sócias e étnicas do país. O Estado deve investir em estratégias para capacitação de profissionais de educação, saúde e assistência social, para identificar e lidar com a violência contra a criança no lar. Dando atenção especial para locais com mais índices de violência infantil. Adotar parcerias com organizações não governamentais, como a Unicef, que já tem grande engajamento no que se refere a luta pelos direitos infantis.