Enviada em: 15/03/2017

Combater a violência infantil gera condições para uma sociedade melhor         A violência infantil, seja ela física, psicológica ou sexual, é um dos fatores que promovem a instabilidade social e gera consequências severas às vítimas, como transtornos de personalidade, depressão, medo e insegurança. Esses danos, muitas vezes, são irreparáveis e podem ser levados para a vida toda, tornando assim futuros adultos que irão refletir na sociedade os males que lhes foram causados.     Desta forma, pode-se analisar essa questão não somente como sendo danosa apenas aos envolvidos, mas também como uma metástase. Ela promoverá sequelas para as demais áreas do sistema, ou seja, uma criança ou adolescente que foi vítima de qualquer tipo de agressão possui grandes chances de se tornar uma pessoa violenta, transferindo esse erro e gerando um ciclo vicioso.      Certamente que garantir os direitos da criança e do adolescente é fundamental para sanar tal problema. Isso pode ser feito a partir da própria família, afinal, cerca de 70% dos casos de violência provém do núcleo familiar. Assim, tratar o mal pela sua origem é um dos modos de combater a violência.       Com isso, para que haja a garantia destes direitos - direito à vida, à liberdade, educação, respeito, convivência familiar e comunitária - os órgãos responsáveis pela sua fiscalização devem agir de maneira mais rígida e eficaz, tornando possível a punição dos agressores e dando assistência às vítimas, além de promover sua reintegração na sociedade para que elas não sejam marginalizadas.        Ademais, é inerente a conscientização social sobre os prejuízos que esse fenômeno causa. Deve-se ampliar as informações sobre a problematização da violência infantil através dos meios midiáticos, como programas de televisão, rádio, internet e redes sociais. Também é cabível orientar as próprias crianças, nas escolas por exemplo, para que elas falem sobre o assunto e não tenham medo, ao contrário, que elas se sintam protegidas. Cabe ressaltar a importância que os educadores possuem neste papel, mas nem sempre a preparação acadêmica é suficiente. Logo, prepará-los de maneira adequada para lidar com estas situações pode trazer grandes benefícios.       Portanto, é fundamental dar a máxima importância aos casos recorrentes de violência infantil, pois só desta forma será possível minimizar esta maleza que deteriora a convivência harmônica social e desrespeita os direitos assegurados pelo Estado a favor da criança e do adolescente.