Enviada em: 17/03/2017

A violência e o abuso sexual contra as crianças vêm aumentando gradativamente e podem trazer graves conseqüências para o desenvolvimento psicológico dos jovens. Ilustrando essa problemática têm-se o crescente número de casos onde a vítima não denuncia por medo, bem como a negligência dos responsáveis que cuidam dos menores.                    Segundo o Disque Denúncia, em 2015 foram realizadas cerca de 17.588 denuncias de violência sexual e 70% dessas foram com meninas. Mesmo com tantos boletins de ocorrência registrados, ainda existem muitos desses crimes que não foram manifestados por medo da vitima. Muitas vezes o acusado ameaça a criança que fica sofrendo pressão e não tem como procurar ajuda do Conselho. De acordo com uma pesquisa realizada pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH), 70% dos casos acontecem no domicilio da vítima e o acusado pode ser uma pessoa que freqüente sua casa com freqüência, até mesmo um parente.                    Entende-se, com isso, que ainda pode-se exemplificar a violência como o trabalho infantil, muitas vezes a criança deixa de estudar para trabalhar e é onde entra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que diz: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los à salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”                    Assim, a necessidade apontada inicialmente se mostra ainda mais premente, em virtude de trazer graves conseqüências para o desenvolvimento psicológico dos jovens. O Estado junto com a Iniciativa Privada poderiam firmar uma parceria e desenvolver atividades que estimulem a coragem dessas crianças que sofrem qualquer tipo de violência denunciar; aos jovens seria importante fazer rodas de conversas e projetos pedagógicos que tratem desse tema tão discutido atualmente; outro ponto importante a ser reforçado seria a maior valorização e qualificação dos profissionais que lidam diretamente com esses jovens, a exemplo dos conselheiros tutelares, professores, psicólogos e etc.