Mais respeito, que eu sou criança É sabido que a infância constitui-se como a fase mais delicada na vida de um indivíduo. É nesse período que o ser humano encontra-se em seu estado mais vulnerável, necessitando de cuidados e atenção. Assim, é preciso que todo o núcleo familiar esteja atento quantos aos direitos da criança e do adolescente, a fim de garanti-los. Hoje, no Brasil, a cada hora, cinco casos de violência contra crianças são registrados. Essa problemática, no entanto, possui um escopo mais amplo. A violência contra a criança é muito mais frequente e enraizada: vai desde escolas sem a estrutura adequada a danos físicos e psicológicos. Além disso, o Brasil, na condição de país emergente, possui um grande número de famílias em condição crítica, muitas vezes em situação de rua, tornando mais difícil ainda o processo de se oferecer cuidado e proteção às crianças. Como consequência disso, o número de crianças e adolescentes a sofrerem violência aumenta a cada dia. Muitos enveredam para o mundo do crime, geralmente seguindo o curso da família. Esse comportamento contribui para a criação de um ciclo vicioso, onde o desamparo e os maus-tratos ganham cada vez mais espaço. Os danos psicológicos ocasionados em indivíduos que sofreram qualquer tipo de violência na infância são imensuráveis e se estendem ou só manifestam-se na vida adulta, especialmente quando o agressor foi um integrante do círculo familiar. Desse modo, é necessário que a sociedade como um todo se esforce no sentido de proteger e orientar as crianças e os adolescentes. É preciso que o governo ofereça suporte para as famílias em situação de risco, de modo a colaborar para a garantia dos direitos desses indivíduos. Nas escolas, públicas e privadas, essa parcela da população deve ser orientada sobre os seus direitos e a identificar e notificar qualquer forma de agressão sofrida. Destarte, com a devida atenção dada pela sociedade a esse problema, o Brasil poderá alcançar o objetivo de garantir os direitos da criança e do adolescente.