Enviada em: 13/03/2017

Durante o século XVIII ocorreu, na Inglaterra, a Primeira Revolução Industrial, a qual promoveu profundas mudanças nos sistemas de produção. Com as fábricas surgindo a todo vapor, houve uma intensa imigração interna no país, em que as famílias se mudavam do campo para a cidade em busca de emprego. Como tudo era novo, a exploração do trabalho nas linhas de montagem era comum, principalmente com crianças, as quais eram submetidas a uma extensa e exaustiva carga horária dentro dessas indústrias. Uma vez que não existiam leis trabalhistas e um Estatuto em defesa à criança, facilitou a depravação da imagem desse grupo social, feriu a dignidade, respeito e liberdade e os privou de vivenciar uma educação e saúde de qualidade. A preservação da índole das crianças é importante para a prosperidade do país. São elas que assumirão os mercados de trabalho e sustentarão a economia, gerando riquezas e dando lugar a gerações passadas, assim renovando o caráter da sociedade. Entretanto, observa-se no Brasil um aumento nos índices de maus tratos a esse grupo social, ferindo e depravando sua integridade física e psicológica. Com isso, surge a problemática da violência infantil que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país.  Não se pode negar que o despreparo dos pais frente a ideia de criar um filho esteja entre as causas do problema, haja vista que algumas famílias aderem a um tipo de educação com base na agressão física, crendo que só desse jeito o filho virá a se tornar uma pessoa mais disciplinada. É importante considerar que o Estatuto da Criança e do Adolescente pode estar sendo mal divulgado, porque desde sua criação (1990) até os dias de hoje, os dados de violência não tenderam a diminuir. De acordo com a Unicef, foram constatadas 129 denúncias, em média, por dia de variados tipos de agressão. Por conseguinte, verifica-se que são provocados impactos sociais, tal como os traumas sofridos durante a juventude, que provoca a evasão escolar e um possível isolamento social da criança. Vale ressaltar que ocorrem, também, problemas como a exploração do trabalho infantil, posto que submete a criança a exaustivas horas de trabalho. Realidade exemplificada na zona rural, em que os jovens desde cedo são obrigados a trabalhar com os pais nos afazeres rurais. Vê-se, portanto, que é imprescindível o resguardo da plenitude das crianças e adolescentes do Brasil. É de suma importância que as escolas, dentro de seus espaços, disponibilizem aos jovens o ECA, para que estes conheçam seus direitos e deveres e assim, repassando para os familiares. O Governo Federal, por sua vez, deve adotar medidas mais coercitivas aos delitos cometidos contra a criança, a fim de tornar o corpo social mais reflexivo antes de cometer tais atos. Dessa forma, esse entrave será, gradativamente, minimizado no país.