Enviada em: 20/03/2017

"Nada existe de permanente, exceto a mudança." O pensamento de Heráclito caracteriza a nossa sociedade, a qual está em constante transformação no que tange à forma de agir, de pensar e nos valores que são os pilares para seu equilíbrio. Dessa forma, notamos que, em tempos de outrora, as crianças e os adolescentes não usufruíam de nenhum direito e eram tratados como os adultos. Hoje, seus direitos já foram conquistados, porém, infelizmente, muitas vezes não são respeitados, resultando, assim, em um alto índice de violência infantil.      Inquestionavelmente, o número de denúncias referente a violência infantil cresce acentuadamente no cenário contemporâneo, mesmo tendo estas diversas vezes omitidas. É lamentável que mesmo após a concretização da lei, que garante proteção integral à criança e ao adolescente, a fim de dar a esses o direito à vida, à liberdade e ao respeito, atos de subordinação, de agressão física, verbal e sexual ainda acometa a população em pleno século XXI.      Dado o exposto, é notório que apenas a criação da lei não garante os direitos aos cidadãos até os seus dezoito anos de idade. Para inverter tal realidade e garantir o direito a esta parcela da população é necessário que os agressores sejam denunciados pelo próprio agredido ou testemunha. Como também, que a sociedade, como professores, amigos e vizinhos possam estar acompanhando o desenvolvimento da criança e possa a vir identificar algo de errôneo que esteja acontecendo.      Cabe também a mídia orientar e divulgar a importância da denúncia e os males que uma agressão causa, como a revolta e a dificuldade em socializar-se. Por último, mas não menos relevante, que os colégios, formadores de opinião, possa realizar trabalhos, debates e campanhas a fim de informar os alunos a respeito da violência infantil em busca de uma sociedade mais educada, igualitária e, sobretudo, menos violenta.