Historicamente, a violência contra crianças sempre esteve vinculada ao processo educativo, constituindo-se um problema histórico e cultural que tem percorrido todas as décadas até o século atual, nas suas diferentes formas de expressão. Crianças que são constantemente agredidas e violentadas podem desenvolver graves problemas físicos e psicológicos. Recentemente em São José do Rio Preto, uma menina de 10 anos foi encontrada caminhando sozinha às margens da BR-153, na delegacia ela disse que fugiu de casa porque não aguentava mais as agressões da mãe. A realidade dessa jovem, é compartilhada por muitos outros no Brasil, que são diariamente torturados, levando-os a deixarem suas casas mesmo sabendo que não dispõem de outra moradia para acolhe-los, eles correm este risco na busca de um refúgio físico e mental. Um adolescente que passou por sessões de agressão familiar tem mais chances de desenvolver transtornos depressivos, distúrbios de ansiedade e dificuldades de formar vínculos afetivos. A adolescência é um período de transição marcado por diversas duvidas e mudanças, o desenvolvimento da dificuldade de se relacionar socialmente, é motivo para que muitos jovens deixem de ir à escola, o que pode comprometer seu desenvolvimento acadêmico, e por passar a não ter relacionamentos com novas pessoas, mais tarde ele pode acabar se isolando socialmente, o que pode agravar ainda mais seu estado. Fica evidente, portanto, que as crianças devem ter seus direitos assegurados, o Estado deve ser mais rígido em relação as punições por agressão infantil, e também deve-se trabalhar junto da mídia passando mensagens de conscientização, afim de desmitificar o que muitos acreditam, que agressão é uma forma de educação, e mostrar que é muito pelo contrário, pode trazer muitos problemas para as crianças e jovens. Instituições que estão presentes na em suas vidas, como a escola, deve trabalhar em conjunto ao conselho tutelar, atentos a sinais de abuso e agressão, afim de protege-los, garantindo um saudavel desenvolvimento.