Enviada em: 13/04/2017

Sabe-se que a violência infantil está capilarizada na sociedade brasileira. Nesse contexto, evidencia-se a violação dos direitos da criança e do adolescente através de agressões físicas, morais e sexuais, praticadas muita das vezes por membros da própria família. Isso ocorre não só pela falta de estrutura familiar, mas também devido a marcante desigualdade social que persiste no território brasileiro.   Observa-se que o Brasil apresenta um cenário desolador em relação à violência contra crianças e adolescentes. As estatísticas, segundo a Unicef, apontam que a média diária de negligências reportadas no Disque Denúncia 100 giram entorno de 129 casos de violência psicológicas e físicas a esses indivíduos. De fato, a ausência de estrutura familiar adequada contribui drasticamente para intensificar essa realidade vivida por muitos menores no país, na qual estão expostos a um cenário de subordinação, onde os país ou responsáveis exercem o controle exagerado sobre a criança. Dessa forma, tal atitude cria um ambiente propenso à violência caso o subordinado não siga os comandos exercidos pelo dominador. Exemplo disso são os indivíduos que vivem com país dependentes químicos ou praticantes de atos criminosos, que por possuírem baixa perspectiva de vida, tendem a apresentar comportamentos violentos. Como consequência, tem-se o aumento dos problemas na saúde da criança, tanto mental quanto física, além de contribuir para ida precoce dos menores à rua, estando mais próximos do tráfico e da violência.   Outro fato que contribui para aumentar os atos de violência contra crianças e adolescentes é a gritante desigualdade social presente no Brasil. Com efeito, a posição de desvantagem na sociedade coloca o ser em uma situação precária, onde a falta de segurança e acesso a direitos básicos como saúde e educação, caracterizam a realidade vivida por eles diariamente. Por conseguinte, jovens e crianças que não possuem uma formação básica estão mais propensos a seguirem os caminhos das drogas e paralelamente estarão expostos a violência. É o que pode ser observado nas favelas e periferias do Brasil, onde há menor taxa de escolaridade e maior número de violência contra crianças. Tudo isso acarreta a persistência da violência infantil no quadro de realidades brasileiras.   Diante dos fatos mencionados, nota-se que a violação dos direitos das crianças e adolescentes é um fato corriqueiro na sociedade brasileira. Sendo assim, faz-se necessária a atuação da Unicef para auxiliar na criação de políticas públicas voltadas para solucionar tal problema, como a implantação de psicólogos nas escolas, que possam identificar crianças que sofram esse tipo de transtorno e realizar as devidas intervenções, para reduzir os danos futuros. Cabe a ela e ao Estado mostrar para a sociedade a importância da escola na vida do cidadão, a fim de reduzir a violência infantil no Brasil.