Enviada em: 03/07/2017

Os maus-tratos a crianças e adolescentes permearam a história da humanidade e caracterizam-se como um problema social persistente. Durante a Revolução Industrial, muitas crianças foram submetidas a longas jornadas de trabalho e sofriam constantes acidentes nas fábricas, violando os direitos da criança. Hoje, embora existam leis que conferem proteção as crianças e adolescentes, não é possível falar na eliminação da violência infantil, o que demonstra a necessidade de medidas sociais e governamentais para combater a problemática.   Segundo Sócrates, os erros são consequência da ignorância humana. Logo, é válido destacar que a falta de conscientização nas sociedades contemporâneas resulta em atitudes que ferem a dignidade humana. Um exemplo disso está no pensamento errôneo de que atos agressivos são instrumentos de educação. Muitos pais repreendem seus filhos com agressões físicas e psicológicas, a fim de obter um comportamento desejado por eles. Nesse sentido, as leis que combatem a violência infantil são vistas por muitas famílias como uma intervenção do Estado na criação da criança, tornando-a inválida.   Nesse contexto, é evidente que mais importante do que a criação de leis é a sua efetiva aplicação e o conhecimento da população sobre elas. Uma sociedade civilizada e esclarecida ajuda a reduzir problemas sociais, visto que possuem informações suficientes para compreender seus direitos e deveres na sociedade. Dessa forma, as práticas de violência contra a criança podem ser reduzidas, o que preserva a integridade desta.   Portanto, a união entre Estado e sociedade representa um grande avanço ao combate de problemas sociais, como a violência infantil. Diante disso, cabe ao Governo enrijecer as leis já existentes, aumentando as fiscalizações e estabelecendo delegacias especializadas para atender as denúncias. Além disso, campanhas esclarecedoras e de caráter popular, realizadas por ONG's, orientam a população a mudar suas atitudes e as tornam capazes de lutar pelos direitos infantis, cerceando as violências.