Enviada em: 15/05/2017

A violência como impasse    Durante a 1ª Revolução Industrial, as crianças não possuíam direitos. Assim, naquele período, a infância era roubada em troca de uma maior disponibilidade de mão de obra nas fábricas. No entanto, embora atualmente o trabalho infantil seja condenável, a violência ainda atinge esse grupo social de formas distintas. Desse modo, podem-se destacar os dois principais agentes dessa problemática: disparidade econômica e exclusão social.      É notório que a desigualdade social, oriunda do sistema capitalista, afeta a todos. Entretanto, quando os direitos à educação e à cultura são negados à criança devido à classe social pertencente, constrói-se um preocupante quadro. O jovem, sem acesso à educação, não apenas fica à margem da sociedade, mas também suscetível a variadas violências, sendo elas física ou psicológica. De acordo com dados da Unicef, a cada dia, em média, são reportados 129 casos de violência infantil. Logo, é possível reconhecer a gravidade da situação.   Dessa maneira, é admissível associar a exclusão social à questão da disparidade econômica presente. Apesar de, inicialmente, a desigualdade social estar atrelada à ordem econômica, ela traz consequências também sociais, como a exclusão. Por conseguinte, devido à falta de perspectivas ou de oportunidades, a criança que necessita ajudar na renda familiar se afasta do âmbito escolar para trabalhar. Como resultado, é comum encontrar no Rio de Janeiro, por exemplo, o significativo número de ‘’flanelinhas’’ e vendedores ambulante jovens. Assim sendo, essas crianças ficam expostas a insultos, assédios e violência na rua. Visto isso, medidas devem ser tomadas para contornar tais impasses à integridade do indivíduo.     Em suma, a violência infantil deve ser combatida. Portanto, o Governo deve criar um programa de auxílio econômico às crianças de família carente durante o período escolar, desse jeito terão o direito à educação assegurado. Além disso, é essencial que ONG’s participem da assistência social dessas crianças, oferecendo apoio psicológico em casos de violências traumáticas, possibilitando que as mesmas se reintegrem à sociedade. Ademais, a família deve buscar não permitir que os filhos pequenos trabalhem, poupando-os da possibilidade de serem vítimas da violência na rua, principalmente as meninas, que compartilham do temor da violência sexual. Destarte, após tais medidas serem tomadas, os direitos das crianças e adolescentes poderão ser garantidos.