Enviada em: 11/08/2017

De acordo com o que está redigido na Constituição Brasileira e no Estatuto da Criança e do Adolescente, essa parcela de cidadãos tem todas as garantias legais para o seu pleno desenvolvimento. Contudo, essa não é uma realidade nacional. Além de direitos básicos como à saúde, alimentação e educação, que não são satisfatoriamente atendidos, ocorre, também, a violência física e psicológica com frequência perturbadora, gerando impactos gravíssimos à formação desses indivíduos.         Segundo levantamentos da UNICEF, a cada dia, 129 casos de violência são denunciados aos orgãos competentes, no Brasil. Tais dados, demonstram que velhas tradições culturais das famílias, no que se refere à educação e tratamento de filhos, ainda se perpetuam na maioria dos lares, com o uso de castigos físicos e pressão psicológica a fim de, teoricamente, corrigir alguma atitude inadequada. Essa conduta não pode mais ser tolerada, em pleno século XXI.      Em seu livro, "Quem Ama, Educa", o psicopedagogo Içami Tiba, demonstra claramente os efeitos maléficos da violência na formação da criança. Essa se transformará num adulto, também, violento, inseguro e com problemas para se socializar. Ao contrário de corrigir, a força quando empregada, somente conseguirá se tornar, ainda mais presente, na criação das novas gerações. Isso é o mal se perpetuando em efeito cascata.         Portanto, deve-se tomar ações eficazes para combater e extinguir tal conduta social. A escola pode ser o principal agente dessa mudança, com o treinamento de professores para identificar precocemente as crianças que possam estar em risco e assim orientar, educar e advertir os seus pais. Palestras, cartilhas e reuniões periódicas podem ser usados como forma de orientação. Cabe aos governos não somente a repressão aos infratores, mas principalmente, fornecer às escolas pessoas preparadas para intervir, auxiliando pais e mestres na tarefa de educar nossos filhos sem violência.