Enviada em: 09/10/2017

Proteger as crianças é uma obrigação de todos    Segundo informações divulgadas pela Fundação das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a cada hora são registradas no Disque Denúncia 100, cinco agressões contra crianças no país, como violência física e psicológica. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), em 2013, os pais foram responsáveis por cerca de 53% do total de casos apurados. A médio e longo prazo essas agressões podem trazer sequelas que influenciem negativamente na vida adulta.    Esses dados mostram que uma parte considerável das agressões são praticadas pelos pais e acontecem nos próprios lares, onde teoricamente, seria o local mais seguro para a criança. Considerando-se que muitos casos não são denunciados, os números podem ser maior do que os divulgados pela UNICEF e SDH. Situações em que crianças são assassinadas pelos pais, que são aqueles que têm obrigação de protegê-las, não são raros. Exemplos disso são  os casos da Izabella Nardoni de cinco anos, assassinada pelo pai e a madrasta, em São Paulo, em 2008, e do Alex  de oito anos, assassinado pelo pai, no Rio de Janeiro, em 2013.    A médio e longo prazo, as frequentes violências físicas e psicológicas sofridas pela criança dentro de casa, podem trazer sequelas difíceis de libertar-se, como dificuldade em se concentrar, aprender, relacionar-se com pessoas, depressão e baixa autoestima, como endossa a médica psiquiatra Cecy Dunshee de Abranches.     Portanto, diante desse cenário que é desfavorável as crianças, é preciso que o Estado seja mais atuante. Isso pode ser feito por meio de campanhas publicitárias de conscientização contra a violência infantil e incentivando as pessoas a denunciarem casos de agressões ao Disque Denúncia 100, o que é uma forma de coibir esses abusos. Essas campanhas serão financiadas pelo Governo Federal e  vinculadas na televisão e no rádio. Em último caso,  como assassinatos, aplicar prisão perpétua por intermédio do  Estado aos assassinos.