Violência, perturbação no meio social Henry Le Châtelier, cientista francês, explicou que um sistema químico em equilíbrio sempre tenderá a permanecer assim e, havendo perturbações a esse sistema, o mesmo buscará adquirir um novo estado que anule essa força externa. Analogamente, este conceito químico pode ser aplicado à sociedade contemporânea, que é muito perturbada, principalmente pela violência e, quando se trata de crianças, o desequilíbrio é muito pior. Evidentemente, casos de violência têm sido enfrentados inadequadamente e esse é o motivo do sucesso dessa perturbação e da permanência de tamanho desequilíbrio. Existe uma relação entre violência infantil e doenças futuras. Foi noticiado na Europa, que um grupo de cientistas fez uma pesquisa com determinada quantidade de pessoas e verificaram a relação entre casos de violência e o desenvolvimento de doenças; foi constatado que mais da metade dessas pessoas relataram, no mínimo, um caso de violência e todas elas desenvolveram problemas traumáticos e, algumas, doenças como depressão, enfermidades cardíacas e pulmonares. Claramente, alguns casos de suicídio podem ser incluídos como consequência da violência infantil. Dessa maneira, havendo esse crime na infância, é inevitável o desenvolvimento de adultos muitíssimos suscetíveis à doenças e isso compromete a sociedade como um todo. O combate à perturbação violência tem sido ineficaz, visto que a proliferação desse problema é notória e crescente. A razão para tal motivo encontra-se tanto na impunidade como na lei que é branda, pois muitos criminosos identificados não são presos e, quando a prisão é decretada, não são punidos devidamente. Eis aqui o motivo para a não garantia dos direitos, sobretudo das crianças e adolescentes; um exemplo que chocou o Brasil é o de um garoto abandonado pelos pais em um presídio do Piauí, na cela de um detento preso por estupro. Essa notícia esteva presente em praticamente todos os jornais do país. Portanto, faz-se necessário que o sistema policial de cada município aliado ao poder Executivo, respectivamente, fiscalize a região e puna devidamente os transgressores da lei, isto é, os violentadores de incapaz. O Ministério da Justiça deve julgar com coerência as ocorrências, agir e sentenciar conforme a lei, ou seja, sem privilegiações e com tratamento igualitário. Por fim, cabe às mídias sociais divulgar essas e outras informações, com apoio financeiro do governo, a fim de que a publicidade seja nacional, de forma a alertar a população da seriedade com que essa problemática será tratada. A sociedade agindo dessa maneira, estará combatendo da forma correta as perturbações do sistema social, estando cada vez mais próxima do equilíbrio novamente.