Enviada em: 08/11/2017

A violência infantil não é algo recente que ouvimos falar apenas nos últimos anos, ela já existia há muito tempo, mais ou menos desde a época da Revolução Industrial em meados do século 18. Inicialmente, as crianças abandonadas em orfanatos eram entregues aos patrões para trabalharem nas fábricas, mas, com o passar do tempo, as crianças que tinham famílias, também começaram a trabalhar por longas e exaustivas horas, perdendo, assim, toda a sua infância.         Nos dias de hoje, apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente garantir leis para proteção delas, as agressões físicas, sexuais e emocionais ainda ocorrem por causa da falta e da falha na fiscalização. Dessa forma, as crianças que têm sido alvo desse crime desenvolvem graves problemas físicos e psicológicos.           Os traumas físicos contínuos, independente das circunstâncias, acarretam grandes sequelas aos mais jovens e, em situações extremas, podem levar à morte. Lembremos do caso de Isabela Nardoni, de cinco anos, que faleceu após sofrer agressão por parte do pai e da madrasta e ser jogada pela janela de um edifício. Por outro lado, as crianças violentadas psicologicamente apresentam grande tendência à depressão e a criminalidade, o que gera maiores dificuldades sociais no futuro, além disso, ao crescer em um ambiente onde presencia atos violentos constantemente, a criança torna-se propensa a ser mais agressiva.         É necessária uma urgente e efetiva intervenção no combate à essa violência, uma vez que as denúncias são escassas, o que dificulta que esse crime seja punido e minimizado. Para isso, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em parceria com as mídias sociais e escolas, deve promover campanhas que incentivem a pronta informação de qualquer tipo de agressão, as prefeituras devem promover acompanhamento psicológico gratuito em postos de saúde para as vítimas, a fim de que os traumas recorrentes dessas experiências sejam tratados corretamente. Dessa forma, os direitos infantis e dos adolescentes poderão ser mais respeitados e eles poderão ter uma vida mais íntegra, produzindo assim uma sociedade mais forte e estável.