Enviada em: 11/10/2017

Infância Roubada Existem crianças, adolescentes e jovens que choram secretamente no escuro dos seus quartos, com o coração destruído pelo abuso que sofreram. Essa agressão pode até destruir vidas, pois a invasão não se limita somente ao corpo, mas também a alma. No Brasil, a violência infantil é um problema grave que compromete o desenvolvimento das crianças, mas é possível reverter esse mal e garantir os direitos dessa parcela da população é fundamental. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que seja em lares pobres, seja em lares ricos o incesto e a molestação não são raros no país. Segundo dados da UNICEF (Fundação das Nações Unidas para a Infância), a cada dia, em média, são reportados 129 casos de violência psicológica, física, incluindo a sexual. Além disso, de acordo com dados da SDH (Secretaria de Direitos Humanos), cerca de 50% dos casos os agressores são os próprios pais. Além dos direitos infantis serem negligenciados, contribui-se com posteriores problemas físicos e psicológicos da criança, difíceis de serem diagnosticados e posteriormente tratados.  Diante disso, estudo realizado por médicos americanos sobre Experiências Adversas na Infância- abusos físicos, psicológicos, emocionais e sexuais- demonstrou que há forte relação entre traumas enquanto crianças e a saúde física e menta enquanto adultos. O estudo realizado concluiu que pessoas que possuem um, ou mais, traumas de infância tem mais propensão a desenvolver problemas cardíacos, câncer no pulmão, depressão e cometer suicídio. Nessa perspectiva, a principal consequência dos abusos infantis é que os direitos da criança e do adolescente são menosprezados como o direito ao respeito, direito à saúde, direito à educação, direito à liberdade e direito a convivência familiar e comunitária. Portanto, além das lembranças físicas e mentais que o indivíduo enfrenta, sua educação, preparação profissional e seus relacionamentos sociais são comprometidos. Fica claro, portanto, que a violência infantil é, infelizmente, comum, mas essa realidade pode ser transformada. A medida mais importante é a mídia em conjunto com ONG’s instruir pais e familiares sobre os impactos da agressão contra crianças, seja ela psicológica ou física, por meio de propagandas televisionadas, campanhas nas redes sociais e folhetos informativos. Não menos importante, é crucial que o governo através de investimentos na área da saúde disponibilize capacitação aos médicos e profissionais da saúde para prepará-los a prevenir, diagnosticar e tratar indivíduos vítimas de abuso na infância. Contudo, muito antes de curar os impactos causados por experiências infantis adversas, é necessário prevenir o problema e garantir o direito à vida de toda criança.