Enviada em: 13/10/2017

Atualidade obscura  No processo histórico brasileiro, a violência contra os cidadãos foi um assunto muito polêmico, como na Revolta da Chibata e no Período Militar. Por mais que o Governo argumentasse que foram medidas disciplinarem, é indubitável que esse tipo de "educação" foi errada e arcaica. Nesse viés, identifica-se que, em muitos casos, as maneiras "educativas" para com as crianças não se baseiam apenas na palmada, mas sim com uma série de abusos que nenhum cuidado parental justificaria. Dessa maneira, são relatados diversos casos de agressões físicas, psicológicas e sexuais contra a população infanto-juvenil, necessitando de alternativas para defender os direitos da mesma.   Primeiramente, a violência contra um ser em desenvolvimento psicológico acarreta sequelas emocionais que poderão permanecer por toda a vida da pessoa. Em referência à esse fato, tem-se a tese de John Locke, de que nascemos como páginas em branco - o que demonstra que a infância é fundamental para desenvolver as atribuições de vida que a criança terá futuramente. Nesse sentido, o abuso infantil, seja físico, seja psicológico, deve ser combatido no ambiente educacional, tentando identificar qualquer comportamento fora do comum, para que as vítimas sejam encaminhadas ao tratamento de sua saúde mental e corpórea, a fim de evitar com que cresçam traumatizadas.    Em segundo lugar, a aplicabilidade da Lei contra a violência infantil também deve ter foco em reprimir os atores da agressão. Com essa medida constitucional, o Poder Legislativo assegurou às vítimas condições para a denúncia, como o sigilo e um local de segurança para realizarem a delação - entretanto, os agressores não têm uma punição única para seus crimes, o que faz com que essas violências continuem ocorrendo na sociedade. Nesse ínterim, as crianças têm o direito de se manterem longe de quem as agrediu, para evitar com que sejam oprimidas novamente.    Infere-se, portanto, que a proteção da parte jovem da sociedade necessita ser realizada. No intuito de identificar comportamentos anormais, é viável que o Ministério da Educação treine, por meio de psicólogos, os professores do ensino fundamental nessa tarefa, para que o ambiente escolar também tenha uma análise comportamental das crianças. Ademais, o Poder Legislativo deveria fazer, mediante emendas constitucionais, com que a punição dos agressores aconteça com pena extra na cadeia, perda da guarda da criança e impedimento do violentador se aproximar da vítima - visando assegurar a integridade da criança . Dessa maneira, a atualidade do Brasil não teria as feições obscuras de violência como antigamente.