Enviada em: 21/03/2019

As altas taxas de violência urbana têm preocupado a vida dos brasileiros. Essa tese pode ser comprovada, visto que, nas últimas semanas, um massacre ocorrido em uma escola do estado de São Paulo deixou todo o país em choque. Um cenário como estes deixa claro que um dos direitos fundamentais assegurados pela Constituição Cidadã está sendo vilipendiado da maioria da população, mostrando que algo deve ser feito para reverter essa situação.  O crescimento urbado desordenado resultou em cidades desprovidas de recursos assistenciais. Com a abolição da escravidão no país, os recém alforriados viram-se desamparados e instaláram-se em locais inapropriados, conhecidos como favelas. A partir disso, com o êxodo rural, a situação tornou-se ainda mais caótica, já que a gestão pública não sentia-se obrigada a fornecer o mínimo de segurança, saúde e educação a estas pessoas. Assim, as desigualdades sociais cresceram, e com elas, os índices de violência.  A falta de visibilidade social é outro fator preponderante. A medida que a distância entre ricos e pobres é expandida, o sentimento de revolta se desenvolve nos corações dos cidadãos. De acordo com Carolina Maria de Jesus, na obra Quarto de Despejo, a cidade é como uma grande casa: A prefeitura é a sala de jantar; o centro é o jardim; e a favela, é o quintal onde o lixo é jogado. Deste modo, a indignação a situação vivida resulta em violência, tanto contra pessoas, quanto ao patrimônio público.  Torna-se claro, portanto, que questões relacionadas a violência têm tirado o sossego dos brasileiros. Assim sendo, cabe às secretarias de segurança pública, em consonância com as associações de moradores do bairos, a promover visitas às famílias dos municípios, no intúito de entender suas necessidades e orientá-las a respeito da segurança pessoal. Além disso, a mídia deve proporcionar uma maior visibilidade das favelas, com a criação de projetos na TV e internet, para que a população sinta-se representada. Somente assim o país alcançará a verdadera ordem e progresso.