Enviada em: 29/03/2019

Ao longo da história humana, a violência foi apresentada como um espetáculo, como na Roma Antiga em que as lutas entre gladiadores eram um entretenimento da sociedade da época. No entanto, hodiernamente, verifica-se que a violência urbana se caracteriza como um problema ligado, intrinsecamente, na realidade do Brasil, seja pela ineficiência da leis, seja pela omissão escolar.    É indubitável que a questão da Constituição e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com o Filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil a violência urbana rompe com essa harmonia, haja vista que, embora o artigo quinto da Constituição Federal de 1988 garantir a segurança na sociedade, há brechas que permitem a ocorrência de crimes, como a ineficiência da justiça em punir os agressores, rigidamente, e, isso inviabiliza que a população possa usufruir desse direito. Dessa maneira, é inadmissível que tal fato persiste na realidade, pois vivemos num país que possui uma das maiores taxas tributárias do mundo, justamente, para ter melhor segurança.    Outrossim, destaca-se a negligência escolar como impulsionadora do problema. Isso acontece por que o modelo pedagógico adotado nas escolas brasileiras ensinam conteúdos que serão abordados, principalmente, em testes avaliativos. Em contrapartida, esse modelo de ensino negligencia os conhecimentos éticos e a formação de valores que norteiam todas as relações sociais, por conseguinte os jovens se desinteressa pela educação escolar e procuram meios alternativos, como, a criminalidade. De acordo com o Pedagogo e Educador Paulo Freire, "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda". Essa lógica tem relação direta com a persistência da violência urbana no Brasil, visto que, de acordo com o portal G1, mais da metade dos assassinatos são sofridos por jovens com idade entre 15 e 19 anos, todos com idade escolar.     Portanto, com o objetivo de atenuar o problema e evitar que o Brasil continue sendo uma nação muito perigosa, cabe ao Governo Federal criar leis mais duras para os criminosos, por meio do poder legislativo, afim de que os agressores sejam, devidamente, punidos. Ademais, é dever de Ministério da Educação (MEC) e de pedagogos reformular o currículo do ensino fundamental e médio. Tal reforma deverá incluir na grade escolar, a disciplina ética e cidadania, que ensinará valores éticos e morais. Assim, a sociedade brasileira poderá desfrutar de um direito garantido por lei: a segurança urbana.