Enviada em: 25/03/2019

De acordo com o artigo com o artigo sexto da Constituição Federal de 1948, todos os indivíduos têm direito à segurança e ao bem-estar. Conquanto, o constante aumento das vítimas de agressão urbana no Brasil, principalmente os moradores das periferias, impossibilita que essas parcelas populacionais desfrutem desse direito universal na prática. Nesse contexto, não há dúvidas que o combate à violência urbana é um desafio no Brasil, o qual ocorre, infelizmente, devido não só à negligência governamental, mas também ao empoderamento social.       Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui aspectos governamentais impecáveis. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido na péssima segurança brasileira. Consoante Aristóteles, no livro "ética a nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos. Diante do exposto, é evidente que sua posição na economia mundial não faz jus ao crescente número de cidadãos violentados nas cidades brasileiras.    Outrossim, a falta de ações sociais coletivas, tristemente, é reflexo de pensamentos arcaicos, que acabam acarretando na luta solitária da população menos favorecida e consequentemente na sensação de impunidade governamental. No entanto, segundo o pensador e ativista Francês Michel Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que pensam para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros momentos históricos. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para garantia dos seus direitos.   Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas, o qual promova palestras, apresentações artísticas e atividades lúdicas a respeito das vítimas de violência urbana. - uma vez que, ações culturais coletivas têm imenso poder transformador - a fim de que a comunidade escolar e a sociedade no geral - por conseguinte - conscientizem-se. Construindo, então, uma sociedade mais fiel aos princípios da constituição.