Enviada em: 04/04/2019

Conforme a primeira lei de Newton, um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando de percurso. Nesse caso, a violência urbana é um problema que persiste na sociedade brasileira. Com isso, ao invés de funcionar como uma força suficiente e capaz de mudar o percurso, o enfraquecimento do Estado diante da desigualdade social, e a legitimidade do uso da violência como mecanismo de coerção, contribuem para a situação atual.  O Brasil esta entre os cinco países mais desiguais do mundo segundo dados da ONU, ademais, o País tem os índices de homicídios 30 vezes maiores que a Europa. Nesse sentido, verifica-se que as altas taxas de violência e desigualdade social estão estreitamente ligadas ao enfraquecimento do Estado, que não consegue assegurar uma situação de bem-estar social aqueles em em condição de pobreza, logo, eles se vêem desamparados em suas necessidades sem ter a quem recorrer, e acabam sendo levados para a vida do crime para garantir a sobrevivência   Por conseguinte, existe o argumento que a criminalidade e a violência são frutos da diminuição do artifício da coerção direta do Estado: a polícia. Contudo, embora seja necessária, estatísticas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que a polícia brasileira é a que mais mata, e chegou a matar 6 pessoas por dia no período de 2000 a 2013. Em paralelo a isso, os índices de violência aumentaram segundo o mapa de 2014, que traça um panorama sobre a evolução da violência no País, demonstra portanto, que apenas o escalamento da força policial não serve como remediação da situação da violência urbana.  Destarte, é imprescindível que o Estado atue ainda mais para amenizar o quadro atual. Para combater a desigualdade social, urge que o Ministério da Fazenda equilibre o sistema tributário reduzindo a tributação sobre o consumo, e favorecer portanto,  a classe mais baixa. Além disso, é preciso que o Ministério da Segurança Pública reveja se o policiamento está sendo acompanhado da melhor preparação dos profissionais de segurança.