Enviada em: 06/08/2019

Desde a colonização brasileira, que foi concebida pela escravidão e com a violência enraizada em seu interior, tem-se uma sociedade brutal e intolerante. Porém essa brutalidade não se dissipou com o tempo, muito menos com a Lei Áurea criada em 1888 e sendo visível até nos dias atuais a violência e o preconceito contra a população negra. Além disso, a violência urbana em sua maioria atinge adolescentes e jovens, entre suas principais razões está o abandono da família e da escola, muitas das vezes deixando os adolescentes  sem acompanhamento psicológico e sem instrução.     Convém ressaltar, que segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 75,5% das vítimas de homicídio no Brasil em 2017 eram negros, ou seja, a população negra é a mais afetada pelos casos de brutalidade nos centros urbanos, motivando a disseminação do preconceito e da desigualdade social. Ademais, também deve-se salientar, que segundo o IBGE, a população negra representa 54% da população, porém são só 17% dos mais ricos, marcando o desequilíbrio social nacional e o preconceito radicado na comunidade. Além disso, as consequências que a violência gera na sociedade são funestas, dentre elas pode-se citar a superlotação dos presídios, a acentuação das desigualdades sociais e a opressão gerada nos bairros mais violentos dos grandes centros.    É indubitável que os jovens são os mais afetados por se envolverem com a brutalidade e em muitos dos casos acabam cometendo delitos devido a falta de informação. Outrossim, a escola e a família tem o papel de orientar os adolescentes para não se envolverem com atividades ilícitas, todavia isso não está ocorrendo e a família abandona o jovem na rua sem apoio e a escola não presta nenhuma instrução sobre os males da violência, além de não prestar ajuda psicológica a eles e consequentemente ocasionando a troca da escola pelas ruas. Isso é consoante com a frase do filósofo Immanuel Kant, que profere que a educação é a chave para o aperfeiçoamento da sociedade, ou seja, é necessária a presença do ensino para instruir os jovens e garantir-lhes uma vida sem brutalidades.     Diante dos fatos supracitados, é necessária a interferência do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, ao promover palestras para fomentar o respeito, com psicólogos e sobre a violência contra os negros na sociedade e o preconceito, sendo realizada nos centros comunitários, com a finalidade de reduzir os casos de homicídios de negros no Brasil e contribuindo para uma sociedade livre da intolerância. Outrossim, o Ministério da Educação deve realizar reformas no ensino para estimular o conhecimento, por meio de aulas com propostas dinâmicas, além de estar sempre prestando a instrução sobre o certo e errado e propiciar o apoio psicológico para diminuir os casos de violência entre adolescentes e refinar a sociedade pela educação, conforme os princípios de Immanuel Kant.