Enviada em: 20/04/2019

Estupro. Assaltos. Homicídios. Tais termos remetem às diferentes manifestações de violência urbana no cotidiano do cidadão brasileiro, que são oriundas, sobretudo, do impacto da desigualdade social que incentiva a criminalidade e a ineficiência do Estado em promover métodos eficazes de combate aos problemas de segurança pública, fazendo com que a população seja refém da violência.       Segundo Dalai Lama, monge tibetano, "a violência não é um sinal de força, a violência é um sinal de desespero e fraqueza". Nesse sentido, é válido ressaltar que, em alguns casos, os crimes na sociedade brasileira são cometidos por pessoas em situação de vulnerabilidade ocasionada pela desigualdade social, visto que não têm acesso a uma boa educação - especialmente a população que vive em comunidades -  e uma mínima qualidade de vida, logo, acabam não conseguindo empregos para se sustentarem. Assim sendo, essas pessoas encontram no crime a única saída para conseguir algum tipo de estabilidade, seja ela social ou econômica.        Sob outra perspectiva, é importante mostrar o papel ineficiente que o Estado brasileiro promove no que diz respeito à segurança pública do país. Em virtude disso, é observado o descaso vivido pelos presos do sistema penitenciário que, ao invés de serem inseridos em um programa de ressocialização, estão dentro de uma "escola do crime", uma vez que os carcerários que cometem delitos menores dividem as celas com chefes de tráfico e outros sentenciados que oferecem maior risco à sociedade. Outrossim, tal ineficiência também se dá pela impunidade, na qual está submetida, muitas vezes, no lento sistema judiciário brasileiro, que por ser vagaroso acaba não dando as penas necessárias para os infratores, fazendo com que estes fiquem livres gerando consequências na sociedade.        Urge, portanto, a necessidade que os impasses propostos sejam solucionados, a fim de garantir uma efetiva segurança para a população brasileira. Em primeiro lugar, é necessário que o Governo Federal propicie mais investimento em políticas públicas de inclusão social para a população de classe mais baixa, com ênfase em medidas no campo da educação, promovendo ensino técnico nas escolas públicas, objetivando a especialização dos jovens, para que estes sejam inseridos no mercado de trabalho de forma mais estável. Ademais, é imprescindível que o Estado forneça reformas ao sistema judiciário, com a redução da burocracia dos processos penais para maior efetividade e agilidade nas medidas de punição, além de haver uma separação por crimes cometidos nos presídios, com o objetivo de evitar que criminosos mais perigosos fiquem em contato com pequenos infratores e os induzam ao retorno à vida do crime. Com tais medidas postas em prática, a sociedade brasileira ficaria mais segura e não se sentiria mais refém da violência que assola o país.