É sabido que a violência é um problema recorrente no Brasil. As grandes capitais, como o Rio de Janeiro, são conhecidas mundialmente pelo grande número de assaltos que, muitas vezes, contam com atos violentos. Tal evento tem sua continuidade provida pela falha na educação pública, assim como na repressão aos delitos. Em primeiro plano, cabe destacar a seguinte frase de Kant: o homem é aquilo que a educação faz dele. Isto é, se uma criança não recebe as instruções e recursos necessários para uma vida digna, essa pode acabar seduzida pela criminalidade, visto que é uma forma fácil e rápida de se obter lucro. Além de não ter sido educada o suficiente para enxergar como atrocidade o roubo e outros crimes, enxergando como necessário e justo tirar os bens daqueles mais favorecidos socialmente. Por isso, a cada dia jovens são aliciados a delinquência. Ademais, existem problemas gigantescos no sistema carcerário brasileiro. À exemplo disso, os presídios estão superlotados, alguns chegando a ter três vezes mais presos do que o seu limite, segundo o Conselho Nacional do Ministério Público. Outro ponto preocupante é que 44% das unidades não oferecem a devida assistência educacional, embora seja um direito. Esses ocorridos colaboram para que o presidiário não seja reinserido na sociedade com novas oportunidades de vida, visto que os presídios servem como punição, não como correção. As precárias condições de vida dentro e, posteriormente, fora das cadeias resultam na continuidade dos crimes. Portanto, é imprescindível melhorar o sistema educacional, amenizar as desigualdades sociais e rever o sistema carcerário. A primeira ação deve ser executada pelo Ministério da Educação, esse deve aumentar os investimentos na rede pública de escolas, assim como prover palestras interativas, em que ex-delinquentes falem sobre seu passado e as consequências de seu envolvimento com o crime, assim como relatar sua melhora de vida sem o crime. A segunda atitude deve partir do Governo Federal, esse deve aprimorar projetos já existentes, como o Bolsa Família, tornando o benefício provisório, a fim de incentivar que a família não se acomode, apenas use a Bolsa como forma de conseguir oportunidades de crescimento. A última ação deve ser realizada pelo Poder Juciário, esse precisa rever o tempo e tipos de penas, assim como investir na educação e socialização do preso, também deve construir mais cadeias, fornecendo uma vida mais digna aos presidiários. Sendo realizadas tais medidas, a criminalidade urbana diminuirá drasticamente ao passar dos anos.