Enviada em: 12/05/2019

Na Roma Antiga a violência era uma forma de entreter a população: grandes combates em coliseus tinham símbolo de honra. Com efeito, essa herança histórica tornou-se um dos maiores problemas enfrentados hoje pelas áreas urbanas pois, além das mortes, a violência é um fator que acentua desigualdades e reflete o descaso governamental.   Primeiramente, é necessário destacar que, segundo dados do Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), os maiores alvos da violência urbana são negros. Esse fato relaciona-se à outras mazelas como racismo, pobreza e favelização. Trazendo a teoria de Lamarck, que supõe que o ambiente influencia o comportamento e determinadas características do indivíduo, para uma visão sociológica, pessoas que crescem em meio à criminalidade são instigadas a adotá-la como modo de sobrevivência. Nesse sentido, a violência intensifica as disparidades presentes na sociedade.   Ademais, o governo ao negligenciar tal situação não garante os direitos dos cidadãos e não cumpre sua função de manter a paz e a organização do meio social. A falta de segurança pública de qualidade, de acordo com o filósofo Rosseau, é uma ruptura do contrato social. Além disso, a desvalorização da profissão policial e os problemas no sistema carcerário são causas que potencializam a violência.   Depreende-se, portanto, que ações são necessárias para interromper o quadro atual. O Governo Federal deve criar programas sociais que ampliem a segurança e o acesso a educação de qualidade por meio de verbas destinadas para esse fim. É imprescindível também que haja mudança no processo de ressocialização penitenciária. Desse modo, oferecendo melhor qualidade de vida e acabando com a desigualdade, o Brasil será livre da cultura de violência.