Enviada em: 30/05/2019

Um dos aspectos que mais atinge a vida dos cidadãos brasileiros é a violência urbana. Esta, pode ser definida como uma série de atos prejudiciais que inclui agressões, homicídios e assaltos em cidades. Esse tipo de incidente se propaga, sobretudo, por conta da desigualdade social, que incentiva a criminalidade, e do enfrentamento equivocado do Estado com métodos pouco eficazes, que podem piorar a situação.  É sabido que o fenômeno de êxodo rural, que ocorreu no final do século xx, teve significante contribuição para uma maior concentração da população no ambiente urbano. No entanto, a infraestrutura das cidades não acompanhou o crescimento e, por consequência, não produziu progressos suficientes que garantissem o acesso de todos a empregos, saúde e educação. Por consequência, houve  marginalização de grupos mais pobres nos bairros mais periféricos e precários, tornando-os focos de violência que amedronta populações da cidade.  Consequentemente, o Estado, para combater tais violências, faz uso de métodos tão prejudiciais quanto. A exemplo, houve a Intervenção Federal realizada no Rio de Janeiro a partir de fevereiro de 2018, em que as Forças Armadas invadiram comunidades com o intuito de combater o tráfico e a violência, no entanto, os resultados foram contrários: segundo o jornal O Globo, o número de mortos em tiroteios no Rio de Janeiro aumentou em 37% e, em contrapartida, a apreensão de armas caiu. Logo, torna-se visível que o verdadeiro foco do problema não está sendo combatido e por tabela está aumentando o número de assassinatos, especialmente da população negra, historicamente marginalizada, e que representa ⅔ dos mortos por ações violentas.  Portanto, com o objetivo de diminuir a violência urbana, o Governo Federal deve elaborar mais programas sociais que invistam em áreas da saúde pública, segurança e edução de qualidade às periferias, por meio de maior destinação de verbas para esse fim e dura fiscalização da aplicação desses investimentos. Desse modo, oferecendo oportunidades e proteção às pessoas, a violência urbana cairá gradativamente, construindo um Brasil digno e inviolável.