Um dos problemas sociais que mais afligem o Brasil é o crescimento da violência urbana. Nesse contexto, os grandes centros urbanos veem essa dificuldade ampliar-se largamente, mas a criminalidade também ganha espaço em cidades menores. Logo, é preciso analisar como esse fenômeno atua na sociedade e adotar medidas para o seu devido combate. Pode-se considerar como primeiro ponto em questão a violência urbana nas principais metrópoles nacionais. Nesse sentido, o crescimento urbano desordenado apresentou-se como um importante fator desse problema social e essa expansão das cidades foi observada, principalmente, a partir da década de 30 do século XX, quando verificou-se um intenso processo de êxodo rural e o país passou a concentrar sua população nas principais cidades devido às oportunidades de ascensão social que os municípios apresentavam. No entanto, esse crescimento urbano não foi conduzido pela infraestrutura e fez com que surgissem problemas sociais graves (desemprego, falta de serviços assistenciais e ineficácia da segurança pública), fatos que foram determinantes para a proliferação da marginalidade nas grandes metrópoles. É importante pontuar, ainda, o aumento da violência urbana em pequenos e médios municípios. Nesse aspecto, a falta de segurança mostra-se como preponderante para a interiorização da violência, o que é percebido pela menor presença do poder público nesses lugares e isso faz com que a criminalidade cresça nas cidades menores. Essa circunstância confronta a Constituição Federal de 1988, pois esse documento afirma que os estados são responsáveis pela segurança pública, mas eles não estão devidamente aparelhados para combater o crime. Dessa forma, fatores como o tráfico de drogas, fraco policiamento e comércio clandestino de armas chegaram nas cidades interioranas e acabaram com a tranquilidade dessas pequenas comunidades. Com base nos fatos apresentados, medidas devem ser aplicadas para o enfrentamento da violência urbana. Portanto, é cabível ao Ministério da Segurança Pública adotar políticas de contenção da criminalidade, como investimento na formação da polícia e qualificação de suas ações, a fim de obter resultados de redução da violência e fortalecer o sistema de segurança nas cidades. Ademais, as Prefeituras devem investir em políticas públicas de infraestrutura urbana para amenizar os problemas sociais graves, além de realizar parcerias com Organizações Não Governamentais (ONG’s) com o intuito de incrementar projetos sociais em locais de alta criminalidade e diminuir a marginalização provocada pela violência urbana.