No século XX, o Brasil passou por diversas transições, inclusive a mudança migratória da população do campo para as cidades em busca de uma vida melhor. Entretanto, esse êxodo agravou a desigualdade social e aumentou o índice de violência urbana, visto que algumas pessoas que não conseguiam emprego, optavam pela criminalidade. Desse modo, no mundo hodierno, devem-se analisar o impacto da violência na economia e sua relação com a discrepância social. Sabe-se que a violência nas grandes cidades produz perdas econômicas para o país. Prova disso são os dados do BID -Banco Internacional de Desenvolvimento-, no qual afirmam que a violência no Brasil custa cerca de 5% do seu PIB - Produto Interno Bruto. Tal fato demonstra que esse ponto negativo afeta a economia, visto que com o aumento da violência diversas empresas gastam mais com segurança, com o intuito de inibir assaltos armados em cargas que são distribuídos, encarecendo o produto para os brasileiros e atrasando o desenvolvimento do país. Outrossim, a desigualdade social atrai pessoas e jovens de baixa renda para o mundo violento do crime. Um bom exemplo é o documentário "Falcão: Meninos do Tráfico", que denuncia o envolvimento precoce dos jovens moradores de periferias com a violência, para manter o rentável tráfico de drogas. Destarte, isso aponta para a vulnerabilidade social que reflete na violência urbana, tendo como consequência a ingressão de muito menores de idade para o mundo do crime, haja vista que, o tráfico, diferente do Estado, tem amparado milhares de pessoas no Brasil. Torna-se evidente, portanto, que é necessário tomar medidas que busquem transformar as heranças morais da violência urbana na sociedade brasileira. Em razão disso, cabe ao Governo Federal, como instância máxima de administração executiva, junto ao MDP - Ministério de Segurança Pública-, investir em projetos que reduzam a violência, por meio de investimento nos equipamentos dos órgãos de segurança pública, com o de uso tecnologia e ampliação de servidores, a fim de inibir os prejuízos econômicos para as empresas que giram a economia brasileira. Ademais, o Governo, com o MDS- Ministério de Desenvolvimento Social-, deverá investir nos jovens marginalizados, por intermédio de palestras nas periferias, apoio financeiro para evitar a evasão escolar, além de potencializar os projetos socioeducativos, com o objetivo de reduzir a entrada dos sem oportunidade para o tráfico. Somente assim, ter-se-á um país com um baixo índice de violência.