Enviada em: 15/10/2018

De acordo com a Declaração Universal do Direitos Humanos, promulgada em 1948 pela ONU( Organização das Nações Unidas), é direito de todos os cidadãos, sem qualquer distinção a segurança. Entretanto, o cenário visto pela dificuldade em enfrentar a violência no Brasil, impede que isso aconteça na prática devido não só a desigualdade social, como também a ideia equivocada de que há um inimigo único causador da violência, cujo rosto é de um jovem negro periférico, mesmo sendo a parcela mais afetada por ela.   É importante destacar, primeiramente, que a desigualdade social é fator determinante para permanência do problema. Visto que, com o crescimento desordenado das cidades a partir da década de 1970, surgiram áreas periféricas onde a atuação do Estado é deficiente, na qual educação e segurança não dão de qualidade,além da falta de emprego. Como resultado em periferias o crime tem o controle, e é a única fonte de renda de muitos jovens.  De mesmo modo, salienta-se que a falsa ideia do jovem negro periférico como protagonista de crimes, ignora o fato de serem eles as maiores vítimas da violência, pois convivem com ela diariamente desde muito cedo, seja por conflito armado entre polícia e traficantes, como também dos próprios policiais que costumam aborda-los com muita truculência. Esse ambiente cria uma naturalização de comportamentos violentos, além de retirar a esperança no futuro   aproximando-os ainda mais do crime.  Desta forma, torna-se evidente portanto, que para diminuição da violência urbana, o Governo deve atuar mais nas periferias, com uma polícia treinada e especializada, capaz de prender lideranças criminosas e menos truculenta, para cria um ambiente pacífico e seguro, criar escolas em tempo integral, com cursos profissionalizantes em parceria com empresas, afim de garantir o primeiro emprego. Ademais desmistificar a imagem de inimigo por meio da mídia, informando sobre a realidade de violência e preconceito, multando veículos que reforcem tal esteriótipo.