Enviada em: 01/03/2019

Com a crescente disseminação de ideais da extrema direita no Brasil recentemente, levantou-se uma questão acerca da criminalidade gritante no país: bandido bom é bandido morto? A resposta é “sim” para 57% dos brasileiros entrevistados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o que só confirma o quão longe o ódio pode chegar, tendo como maior suporte para sua propagação a sociedade preconceituosa hodiernamente.     Desde a colonização brasileira, os negros são marginalizados e vítimas de inúmeros tipos de violência neste país. Atualmente não é diferente, já que estes são a maioria quando pauta-se o excesso da violência policial no exercício da função, atestada por 70% da população, segundo o G1. Ou seja, bandido bom é bandido morto quando se trata do morador de periferia e não do sonegador de impostos, branco e de classe média, pois a hipocrisia ultrapassa todos os limites para justificar o preconceito velado por mais da metade dos cidadãos.     Além disso, “a justiça com as próprias mãos” é uma realidade no Brasil, devido à incredulidade do povo nas leis vigentes, mas isso é um erro, pois essa violência, em contrapartida, não traz mais segurança para a população, contudo aumenta-a e isso é confirmado pelo filósofo francês Jean Paul Sartre, no qual o mesmo afirma que a violência independente de como ela se manifestar, é sempre uma derrota.    Portanto, medidas são necessárias para resolver esse impasse, nas quais o Ministério da Justiça deve fazer valer os direitos humanos por meio de uma aplicação mais rigorosa destes e, para isso, este deve promovê-los nas escolas, em conjunto com o Ministério da Educação, através de sua explanação obrigatória, por intermédio dos veículos de comunicação das instituições, de modo que seja altamente acessível, a fim de que a população cresça consciente dos seus direitos e dos do próximo, valorizando assim a liberdade individual, coletiva e desenvolvendo a empatia.