Enviada em: 24/07/2017

A segurança pessoal é um direito inalienável garantido pela Declaração dos Direitos Humanos. Não obstante, a violência urbana vem tomando níveis exponenciais no Brasil. No ano de 2012, o número de homicídios correspondeu a quase 30% das causas de morte. Nesse contexto, há demasiada importância para seu debate.      Em primeira análise, é válido mencionar que a sociedade brasileira conserva um pensamento, desde o período colonial, de que a única forma de pressão social é a violência. Durante a República Velha, por exemplo, a Revolta da Vacina lutava contra a imposição do governo e um dos métodos utilizados foi a destruição de alguns bens estatais. Por conseguinte, trata-se de um senso comum predominante.      Ademais, a violência é influenciada de forma significativa com a impessoalidade causada pela explosão demográfica brasileira. O êxodo rural provocou o inchaço urbano e, com isso, a sociedade não conseguiu um  planejamento eficiente. Segundo o filósofo Jean-Jacques Rousseau, as sociedades primitivas contavam com alimentos e moradias para todos, mas o surgimento da propriedade privada gerou uma competição civil.         Urge, portanto, medidas para mitigar as causas do atual cenário, que não é satisfatório. No âmbito federal, o Ministério da Comunicação e o Ministério da Educação devem incentivar a participação popular em causas coletivas por meio de movimentos pacíficos e do voto consciente, seja pela divulgação na comunicação de massa, seja pela ampliação de debates. Além disso, o Ministério das Cidades deve desenvolver propostas de geração de empregos para evitar o surgimento de conflitos.