Enviada em: 03/05/2017

Falha moral e política     De acordo com Thomas Hobbes, o home é o lobo do próprio homem, ou seja, o indivíduo tem ações que prejudicam a si próprio. Dentre elas, destaca-se a violência nos centros urbanos, que embora seja um problema multicasual, possui um fator predominante: o ser humano. Isso ocorre devido à baixa ação governamental e seus investimentos em segurança pública e ao papel que a sociedade assume ao segregar e marginalizar jovens.     É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, percebe-se que nos grandes centros urbanos, a violência rompe com essa harmonia, haja vista que, embora exista policiamento, há brechas que permitem a falta de segurança pública, como a carência de investimento na preparação correta de um policial. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço da pratica da aplicação na infraestrutura para uma cidade mais segura.    Outrossim, destaca-se uma sociedade marginalizadora como impulsionadora da violência urbana. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o preconceito devido a posição social pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que, se esse pensamento for transmitido a outras pessoas, tenderá a ser adotado e o indivíduo marginalizado, movido por sentimento exclusório, poderá seguir a criminalidade fazendo jus ao papel que lhe foi imposto Assim, o fortalecimento do pensamento da exclusão social, funciona como forte base para a violência na cidade, agravando a problemática.     Entende-se, portanto, que a continuidade da violência urbana na contemporaneidade é fruto do ainda fraco investimento governamental na segurança e da permanência do segregacionismo como intenso fato social. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal em parceria com as prefeituras deve investir mais nos policiais para melhorar e qualificar a ação deles, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras incentivando projetos sociais e estimulando o fim da segregação e marginalização das pessoas. Dessa forma, com base no equilíbrio proposto por Aristóteles, esse fato social será gradativamente minimizado no país.