Jhon Locke, filósofo inglês do século XVII, afirmou em sua tese epistemológica que a mente humana é como uma "tábula rasa" que através da experiência é moldada. Analogamente, no que tange à problemática brasileira da violência urbana, percebe-se que devido à fatores históricos e educacionais o "molde" de uma sociedade cada vez mais violenta está sendo criado. De acordo com o blog "Mundo Educação", em razão de um processo acelerado de êxodo rural não acompanhado pela infraestrutura urbana, diversos problemas sociais foram desencadeados, dentre eles a violência. Isso ocorre pelo fato de um intenso processo industrial em centros urbanos no início da república brasileira, que, embora tenha trago bastante benefícios, não ocorreu com um olhar atento dos governantes quanto à estrutura da sociedade recém formada. Assim, foi plantada a semente que à médio/curto prazo trouxe amargos frutos à sociedade. Consequentemente, a taxa de mortalidade quanto à homicídios nos centros urbanos apresentou consideráveis aumentos nos últimos anos (é o que demonstra o gráfico publicado no site "mapadaviolencia.org.br"). Destarte, vale ressaltar que devido à fatores relacionados à educação os jovens são os mais atingidos, haja vista a frequência de casos de homicídios entre adolescentes divulgados constantemente na mídia. Isso ocorre, pois, famílias que vivem em periferias tendem a sofrer com o descaso do governo quanto a educação pública, não tendo uma formação ética e moral suficiente dos cidadãos. Embora haja um considerável investimento do Estado quanto à problemática, este não é suficiente para reformular o ´"molde" já criado pelos fatores supracitados. Portanto, cabe ao Poder Executivo em parceria com as Prefeituras locais um maior investimento na infraestrutura urbana por meio da criação de mais postos policiais em periferias e centros urbanos. Outrossim, cabe ao Ministério da Educação (MEC) reforçar na grade curricular - de escolas públicas - o ensino de conceitos morais e éticos que respeitem os direitos humanos. Cabe ainda ao MEC, à criação de programas semanais em escolas, promovendo a interação com as famílias e dando suporte para uma boa educação dos jovens brasileiros.