Enviada em: 11/07/2017

O Brasil urbanizou-se de forma rápida e desordenada, e, desse modo, houve um intenso êxodo rural que provocou o inchaço das cidades que não estavam estruturalmente preparadas para receber esse contingente populacional, o que contribuiu para a ocorrência dos altos índices de criminalidade atuais. Esse problema pode ser observado nos centros urbanos, em todo o país, onde as manchetes dos jornais mostram um aumento no número de assaltos assim como de homicídios, o que deixa as populações locais apreensivas. Nesse sentido, esse quadro de violência urbana tem como origem a desigualdade social aliada a ineficiência da segurança pública e resulta em perda de qualidade de vida para a população.       A má distribuição de renda contribui para o agravamento dos casos de violência nas cidades, posto que ocorrem em locais com índice de alta vulnerabilidade. O Mapa da Violência de 2016 confirma esse fato ao mostrar que a maioria dos jovens mortos por armas de fogo na faixa etária entre 19 e 25 anos em 2014 são de negros das periferias das grandes cidades. Nesse viés, é indubitável que esse cenário ocorre porque esses espaços refletem uma infraestrutura deficitária no que diz respeito a educação, o que faz com que muitos jovens entrem para o mundo do crime. Ademais, o governo não investe o suficiente em policiamento que gera impunidade, além de agravar a sensação de medo vivenciada pelos brasileiros. Sendo assim, constata-se que a insegurança vive em contínua transformação e é suscetível às mudanças sociais.        Destarte, como decorrência desse processo, a população vive uma espécie de terror social, uma vez que são inúmeras as atrocidades noticiadas diariamente pelas mídias. Entre os casos mais comuns estão sequestros e assaltos nas grandes metrópoles, estupros de crianças, assassinatos em série, entre outros, que causam pavor na sociedade. Os assaltos à mão armada, comuns nos pequenos comércios, visto que ocorrem diversas vezes por mês no mesmo estabelecimento, prejudicam o faturamento dos proprietários. Nessa perspectiva, depreende-se que a qualidade de vida é afetada ao passo que as pessoas não tem tranquilidade nem mesmo para sair de casa.       Por tudo isso, faz-se necessária a adoção de medidas com vistas a mitigar o problema exposto nos argumentos supracitados. Para tanto, Organizações não governamentais (ONG's) em parceria com empresas privadas devem oferecer cursos profissionalizantes com projetos direcionados aos jovens com o intuito de proporcionar formação e desviá-los do mundo criminoso. É imperativo, ainda, que o governo, em sua esfera municipal, reforce a presença de policiais nas ruas com o objetivo de proteger a população e oferecer a essa maior sensação de segurança.