Enviada em: 17/07/2017

Durante a greve dos policiais militares do Espírito Santo, em fevereiro de 2017, o estado passou por uma grave crise de segurança pública, onde a violência urbana foi acentuada. Apesar deste exemplo, não é apenas na falta de policiamento que a população convive com a insegurança. Pelo contrário, a violência evidenciada durante a greve é um recorte de um quadro que se faz cada dia mais presente, tanto nos grandes centros urbanos quanto nas periferias e no interior, onde são recorrentes casos de assaltos, estupros e mortes por homicídio.        Em primeiro lugar, em virtude do intenso êxodo rural, ocorreu no Brasil um processo de urbanização, que se intensificou principalmente após a década de 70, e culminou na consolidação de grandes centros urbanos. Com o intenso fluxo de pessoas que se direcionaram a esses centros e o crescimento desordenado das cidades, periferias pobres foram criadas e a desigualdade social aumentou, transformando o Brasil em um dos países com alto índice de Gini, um índice de desigualdade no país.        Sob o mesmo ponto de vista é possível inferir que os fatos supracitados culminaram também na formação de uma classe social que sofre com problemas como o desemprego, não apenas nas grandes cidades mas também no interior, onde a busca por mão de obra especializada discrimina  quem não teve acesso a educação de qualidade.        Indubitavelmente, a violência tem tomado um ciclo no qual crianças e jovens expostos a essa realidade e frustados, submetidos a um sistema educacional deficiente e a problemas como o desemprego e a dificuldade de inserção no mercado de trabalho optem por seguir ao crime e se tornarem precursores da violência.       Assim sendo, a fim de combater a violência urbana e assegurar os direitos de todos os cidadãos, é preciso que o governo mantenha uma postura previdente diante deste problema, sustentando os direitos individuais garantidos constitucionalmente. Além disso, cabe a união de organizações não governamentais, instituições religiosas e a família formar cidadãos conscientes contra ações de violência, que juntamente às medidas do Estado de combate as desigualdades garantirão um futuro distante da violência a sociedade brasileira.