A violência urbana no Brasil cresce cada vez mais, essa problemática é fruto de um desordenado crescimento urbano, do qual, por exemplo, não contou com um bom planejamento de infraestrutura, escolas públicas de qualidade, acesso à saúde, moradia e emprego, somado a falta de amparo público suficiente. Apesar de envolver vários setores da sociedade, direcionar investimentos públicos na área da educação e qualificação profissional, oferecer suporte adequado aos policiais e, não agir somente em grandes centros urbanos mas também, em cidades de todo o Brasil, são medidas para sanar tal problemática. É inegável que entre as décadas de 60 e 80 com o êxodo rural, os processos de urbanização e industrialização se intensificaram nas cidades brasileiras, tornando-se um problema algumas vezes, pois, por exemplo, a indústria demanda certa qualificação profissional que aquele homem rural, não familiarizado com a tecnologia e conhecimento necessários, não possui, e na maioria dos casos acaba marginalizado. A criminalidade para ele, sem amparo do governo e os recursos básicos para sobreviver, em seu entendimento é como uma solução. Esse cenário desencadeia sérios problemas sócio-culturais e socioespaciais: a formação de favelas e consequentemente a segregação espacial, onde na maioria das vezes o crime organizado se estabelece, o aumento no número de crianças e adolescente consumindo drogas e frequentando escolas cada vez menos. No que se refere a educação de um país, sendo ela de qualidade e acesso a todos, a criminalidade pode ser sanada, pois oferecendo a esse jovem cidadão a oportunidade de crescer profissional, cultural e socialmente, será mais difícil que este se interesse pelo crime. Há também, como contribuinte para a violência urbana no Brasil, o conformismo da população diante dessa adversidade. Por exemplo, é encontrado exposto e como forma de incentivo, em veículos do transporte urbano em São Paulo, cartazes que dizem "Evite a violência urbana, não use dinheiro, use cartão Bom". É lastimável tal propaganda, pois ao invés de solucionar o problema, está cedendo às dificuldades que o crime resulta. Diante dos argumentos supracitados, prefeituras de cidades brasileiras agindo em conjunto com os demais órgãos públicos, como a secretaria de segurança pública, devem usufruir de sistemas de monitoramento visual, em todos os centros urbanos, ligados a bases da guarda civil municipal, para contribuir em suas funções, diminuindo o espaço de atuação da violência urbana. Através dos meios de comunicação incentivar cada vez mais o jovem brasileiro a estudar, criar grupos nas escolas em bairros de baixa renda, apoio educacional e psicológico para aqueles que já tiveram ou ainda têm envolvimento no crime, de forma a orientar esse jovem social e cultural e, principalmente, educacionalmente.